terça-feira, 27 de agosto de 2013

E,

Minha mesa está cheia de garrafas. É real. Estou olhando para elas neste instante. No entanto, estou a tomar um café. Minha xícara em meio às garrafas. Whisky. Alguma coisa escura. Outra, que parece água, com alguma outra coisa misturada.

E,

eu espero, em frente as minhas esperanças a hora de por o pé para fora de casa.
De casa? Eu espero, o que eu espero.

O que eu espero? no momento, quero que o sol venha, para que eu possa aproveitar o frio. É tão difícil contemplar o que há lá fora com esse vento que corta. Com essa temperatura que entra em cada fio da minha lã, e arrepia cada parte de mim.

Me desencorajando de tudo.

domingo, 4 de agosto de 2013

Writing in dangerous

Não sei porque da especificidade, pois é sempre assim. Quando tudo aperta, a cabeça da voltas, o mundo todo se desfaz como algo que nunca existiu ou que nunca houvesse tido realmente importância. Parece que algo mudou, espero que seja diferente das outras vezes. Espero que este entalado, esta angústia incessante, este incômodo ser significa algo, por fim.

Eu achei, eu realmente estava achando que beirava as tristezas, as dores. Que estava sofrendo como sempre por algumas coisas estarem fora do lugar, por elas não me completarem, não me formarem. Pelas paredes por mais belas e inteiras que fossem, não eram aquelas, não eras as verdes musgos. Os detalhes não estavam aqui, os dias não passavam assim, não passavam daquela forma como eu necessitava. E eu achava que era por isso, achava que isto estava me deixando mal.

Mas no fundo era tudo razo, até mesmo a dor. Isso é tão difícil de lidar. Pior, é difícil estar realmente sentindo agora, essa dor. Aquela dor. Eu reconheci aqueles momentos, no fundo, os entendi, de novo. Houve um momento em que eu precisava de algumas coisas, em que eu sentia verdadeiramente o vazio porque de fato algo estava me faltando. Eu era infeliz eu queria o amor, eu queria a amizade. Eu queria viver e sentir aquilo, enquanto o que eu verdadeiramente esperava não chegava.

Eu não cheguei, mas estava no caminho. As paredes não eram verdes musgas, os detalhes não estavam em seus devidos lugares - alguns se quer ainda existem - mas pelo menos haviam mudado. E isso por um tempo me satisfez, eu aproveitei, moldei coisas, criei, conheci, me senti em alguns momentos, me surpreendi tanto em vários que essas sensações causaram algo em mim naqueles momentos. No fundo, elas apenas me um pouco...

Mas agora, hoje, há alguns dias eu venho sentido alguns mesmos sintomas daquela vez, como a muito não sentia. E então eu vi como o que eu sentia antes era tão normal, como se fossem sentimentos diários. Agora voltei a sentir algo só meu, algo que só eu sentia. Uma inquietude distinta de todas as possíveis. Essa vontade insenssante de beber como se nada mais pudesse ser a resposta. É idiota, eu sei. Mas eu não espero que faça sentido. Ninguém entende esse tipo de coisa. No fundo, que bom. Porque são as pessoas que estragam tudo. Quero dizer, aqui, por exemplo, está tão seguro. Não é o meu lar, mas está seguro. Eu estou sozinha e bem. Não feliz, mas bem.

Amanhã tudo implodirá como de praxe. Dói um pouco. Dói muito, mas é isso entende, vai chegar e não há o que fazer sobre isso a não ser, ir. Enfrentar isso, viver o que for. Não há respostas, não há alguém pra lhe segurar a mão e dizer qualquer coisa, exatamente, porque plausivelmente ninguém entende - HAHA plausível. Que se dane.

Não espero nada, só espero que algo mude. Principalmente eu mesmo. Porque cansa perceber que é tão pouco, que não faz nada pra desfazer isso. Ou mesmo, que isso te impede de saber o que você é, o que você sente e como fazer isso parar de doer tanto. Quem diria, mal sabia eu, que era tão difícil ser. E apesar do passar do tempo, o que está lá no fim é o início de tudo. Eu, escrevendo e abraçando o caos.