terça-feira, 13 de abril de 2010

Lonely tuesday

Me frustro ao perceber minha tamanha perda. Vendo o vento, os tempos, passando. Precisando de uma mudança, daquela liberdade que vejo nos filmes. A esperança. Eu não consigo encontra-la. Tudo isso dentro de mim é uma incógnita, uma desgraça estúpida.
O quão normal e humano isto é? Aborrecimentos narcisistas.

Muito espaço, muita cor, muita luz, muitas pessoas...se eu fosse um artista, aqueles artistas realmente com dom, eu estaria no ponto. Na beirada entre loucura e dor, desilusão e desesperança e, enfim, a criação. O poder de tudo que é novo, tudo que á de mais absorto na nossa mente, intenso, livre, puro.

Por isso essa normalidade me assusta tanto. Não consigo aceitar essa ideia de normalidade. Esse eu é pouco de mais, isso que vejo é pequeno de mais. Não alcanço nem mesmo com a ponta dos pés, como se já não pudesse me guiar sozinha. Odeio a ideia de um escoro, da necessidade. Odeio esse não sentido de tudo, tudo vazio, medíocre, cego, incompleto.

Todos no vazio e todos felizes. Talvez ver tudo isso não seja um privilégio, querer algo além da materealização dos nossos olhos. Destrutivo mas consolador por não parecer uma medíocre qualidade humana, aliás, nem perto, completamente distinto. Atrativamente anormal.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Condensassão

Eu preciso escrever algo rapido, acordei bem cedo, horas antes da hora do meu curso de violão, mas acabei vindo aqui só agora que já estou quase atrasada.

Um café, uma torrada, jornal na tv. Um dia que começou certamente diferente dos outros.
The xx - Stars, Tiê - Quinto Andar, pra você que precisa de uma motivação pra levantar ou mesmo só pra começar o dia por mais tarde que seja, são duas musicas que ajudaram.

Sólido, nublado, terminei de ler uma história de um livro agora poco. Ajudou a me atrasar (risos).

Talvez eu continue esse post depois que voltar, queria falar mais algumas coisas mas to preocupada com a hora, não quero ficar correndo pela cidade as nove e meia da manhã, sendo que já vou ter que fazer isso a tarde.

"Meu amor porque eu te chamo assim - se você nem lembra de mim..."

domingo, 4 de abril de 2010

Absorto


Tomar um bom café, essa doçura de um domingo, sem paz. Apenas algumas horas antecedendo a desestabilizante segunda-feira.

Toda paz, todo verde, esperança. Tomar uma sopa agora e, talvez, amenizar essa azia de uma tarde de páscoa. Arroz, faz bem, um cereal sem dúvida majestoso. Sopa de arroz, deliciosamente maternal. Algo na TV parece musical, nada comparado a bons programas mas não deixa de ser doce.

Eu vi margaridas hoje e com elas uma vontade imensa de tê-las. Eu poderia abraça-las. Quase como um calmante, confortante, esperançosas, quase sorridentes...
Me molhar vestindo um vestido branco, tomar banho de vestido branco, que vontade! Uma estranha vontade.

Um navio distante num lugar profundo, longe, vazio. Um mar de incertezas, compensações... flores distantes desfocadas, fotos de dias passados. Nada disso preenche. Só á o vazio, um enorme vazio [...]

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Inconstância

Algo que eu sentia constantemente, que me sedetarizava, dilacerava, permanentemente. Como se nunca fosse capaz de partir. Me dominava a cada nova história, cada milímetro de memória, de sentido, de sobriedade. A cada dor sem sentido. Desespero por ausência, a impotência da não existência, o medo, a escuridão da não realidade, neblima do real, do mais real possível. Essa instância entrelaçada, amarrada, a essa pergunta, a essa inconstância essa não certeza. Tudo que eu sentia, o que eu não queria, e, depois queria sentir. O muro entre ser aqui dentro e não ser ali fora, a fraqueza do não controle, a imaginação da não existência, tentação do não ser, achando, que é! O colapso do desprezo, o desespero da dor, de novo, a impotência, o fim, de todo, de tudo, da inspiração, do restante da única coisa que existia. A frustração de começar algo e mudar tudo. O ódio da persistência, o medo do esquecimento, da dilaceração, que dor, que dor. Porque tudo esta, esta exatamente assim. Não á fim, pois eu continuo sentindo e não é nada disso. É algo que minha alma esquece, ela mesmo tem medo de sentir, como eu, ela jamais me contará tudo. O que é isso, toda essa perdição, tudo isso que se tranca em breves momentos e de repente vira toda essa desolação, frustração, sentimento sem fim, sem nada, sem nada, sem dor... é sentido eminente, um instante que está fechando tudo, provisório ou permanente. É só uma dúvida, como cada dia de todo esse sentimento. Uma inconstância, despertar mas sentir a escuridão, como se ela nunca ouvesse passado.