quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Love is the new blackt

Nunca sei o que dizer nessas datas especiais. Não sei porque decidi escrever também. De um jeito simples eu estou feliz. Não é como se tudo estivesse em ordem, mas o principal está, o resto são coisas minhas decisões de vida, de ordem. Coisas que no fundo eu já decidi, mas ainda não tenho coragem de dizer ou de mudar. Mas eu sinto, que tudo ficará bem.

Por demais...

Natal. Por enquanto estou sentada na sala. Seguro minha xícara de café, com gosto de casa. Logo esse vazio, tomado pelo silêncio será preenchido. Meus irmão e minhas irmãs logo estarão aqui, com seus maridos, namorados e filhos. 
Pra falar a verdade, não lembro de nenhum natal ou data especial, que tenhamos passado apenas nós, Pai Mãe, brothers and sisters. Isso é coisa do tempo. Da passagem dos dias. Da época dos nascimentos. Das vidas que não nascemos pra passar juntos. Mas quanto a isso também está tudo bem. Quero dizer, cada um lida com isso de alguma forma. Alguns gostariam que o tempo voltasse, que as coisas ainda pudessem ser diferentes, mas, não tem muito o que fazer em relação a isso. 

Minha Mãe se mostra preocupada com todas as coisas que é necessário preparar para um verdadeiro almoço de família, sem contar que é natal. Só que, no fundo, bem lá no fundo, ela deve estar saltitando de felicidade. Mais que isso, existem coisas que estão sendo diferentes, apesar de toda a aparente normalidade. Começo por mim. Por esta áurea que me norteia. Espero não estar enganada. Espero que muitas coisas tenham mudado. 

Fazem dois anos que desejei muitas coisas, aqui mesmo. Muitas delas saíram além do que eu poderia pensar. Outras diferentes. No todo é como se desejar tivesse trazido bons efeitos. Nem mesmo cabe em mim a satisfação de ver que muitas das coisas que eu queria quando ainda era uma "criança", faziam todo o sentido e agora fazem muito mais.

Isso parece uma retrospectiva a cinco dias do ano novo, mas é apenas Natal. Necessidade de conversar antes de tantas conversas que se sucederam nesse encontro familiar, que seja delicado, especial e diferente.
Que tenhamos amor pra recomeçar, as conversas e o ano.

Love is the new black.



sábado, 23 de novembro de 2013

Pela falta de amor, pela falta de ti

É o nervosismo espreito de quem sempre se acostumou a viver em calma. A escolher os momentos de acordo com o espírito, esperando sempre que o bolor no estômago não viesse. É o desespero de quem tem medo das coisas novas. A mesma pessoa que quer abraçar, mas perde, por não tocar o rosto na mesma intensidade que beija. É alguém pela metade, que se joga meio a meio, depois passa noites desoladas, se perguntando porque o amor é mais ou menos.

Não se entrega. Acha bonito, poético, correto. Mas só imagina, só espera, só culpa os outros. Culpa o outro lado. Taxa de insensível, quando é rotulada de insegura. No fundo sabe. O pior de tudo é que não faz nada. Se acomoda, se acostuma. Joga nas mãos da vida e diz que será o que for pra ser. Perde as chances, com a mesma ingenuidade responsável por separar pessoas em contos.

Acha que é tudo um eterno retorno. Um círculo viciosa. Que a pessoa certa ainda não apareceu. Esquece de se olhar, de ser a pessoa que é nos pensamentos. Parada em si mesmo esquece que a vida é agora. Sem clichê. Esquece de fazê-la acontecer. Enxerga os sinais, mas acha que eles não são para ela. Enquanto for assim, nada vai mudar. Ela vai continuar na espreita como quem se acostumou a viver em calma, enquanto ele vai aguardar algo novo. Que ela parece não ter.

Os dois vão viver presos nisso que nem sabem o que. Um gostando. O outro não amando o suficiente para reagir. Com o tempo, tudo vai se apagando. Novas pessoas vão tomar seus lugares e depois tudo pode recomeçar. Infelizmente as coisas se desgastam; Da próxima vez que se encontrarem pode ser diferente, mas também pode ser por nada. Pode ser fácil pelo desinteresse. Pela falta de nervosismo. Pela calma em excesso. Pela falta de amor.

Pela falta de amor me descreve. Pela falta de ti escrevo.

domingo, 10 de novembro de 2013

Ela se chama Juliana

Ela chama Juliana. Tem uma boca santa. Olhos que não consigo tirar de mim. Não sei que caminhos da vida me trouxeram até ela. Quais das minhas escolhas, fizeram a gente se encontrar. Eu sempre quis conhecê-la, mas a verdade é que nunca acreditei que isso aconteceria de verdade. Muito menos que a teria, tão perto como nunca imaginei ser possível. Aqui do lado, do lado de dentro de mim.

Juliana...

É nítido, eu sei. Cada expressão do meu rosto. Cada movimento do meu corpo me denúncia. Sou inexplicavelmente apaixonada pela Juliana. Pelo cheiro bom que ela tem. Pela doçura polida das suas frases. Pela voz, vez em quando roca. Pela timidez, que se perde em segurança. Eu gosto, até de quando ela me diz não. E como me diz não essa menina. Eu adoro sentir raiva dela. Adoro quando ela sente raiva de mim. Porque é quando a gente mais se toca, mais se olha, mais decide que é hora de dizer, o que é que nós temos de ruim. São tantas reclamações, que é como se não houvesse algo que nos conectasse, mas ainda assim, estamos ali, completamente ligados, por uma espécie de necessidade pura, sem porque.

Duas. Três horas...

Sempre na madruga nos vemos. Nos esquecemos das coisas. Do tempo e das cerimônias. Dos modos. Do pudor. Da vergonha. Esquecemos porque não estamos juntos, que estamos juntos.

Eu passo tanto tempo sem ver a Juliana, que é impossível não me entregar completamente nesses encontros. Encontrar, oh Meu Deus! como é bom você encontrar alguém que você ama. Mas nossos encontros, são tristes, terminam frustrantes, tanto pra mim quanto pra ela. Contudo, eles são tão necessários quanto o ar. Sem ele é tudo muito sufocantes, o ar mal passa pelos pulmões, e a garganta vive como se estivesse com algo preso, prestes a sair e destinado a ficar por ali.

Por que?

É que, nós conversamos muito. Nós vivemos eternas discussões de relacionamento. O que parece impossível, já que não temos um. Nas palavras dela: "não temos nada." Mas nossas conversas são assim, nós falamos, falamos, entendemos, discutimos, não nos entendemos. Nos entendemos. E no fim, fica claro que o que nós temos é aquele momento, o agora, porque nós dois desejamos coisas diferentes do antes e do depois. Por isso que nos vemos tão raramente. Eu e Juliana. Por isso, aparentemente, somo algo que não existe. Ela é o espírito, eu sou o corpo. Ambos conectados, mas que não necessariamente são um.

Somos como eles. Nós somos dois. Sempre seremos. Juntos, aparentemente nunca seremos nós. Juliana, do corpo normal. Da pele da cor que me encanta. Dos cabelos que eu adoro. Do beijo mais intenso que eu conheço. Linda moça. Ela se chama Juliana e mora no meu coração.

sábado, 26 de outubro de 2013

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Me descolori

Segui e me descolori, como eu nunca quis. Assustada. Despreparada. Esquecendo entre meio as virgulas, sem bons pontos, sem nada. Depois de tanto, depois de trezentos e sessenta dias, foi tudo igual, como se nada ousasse ter mudado, principalmente, tudo aquilo que fez no inicio dar errado.

Daquela maneira diferente, muito maior, mais profunda e desesperadora, meu coração está quebrado.Me descolori em alguns momentos. Me desvivi, como nunca quis. Como sempre julgo. Mas sim, realmente, é inexplicável, como se não há o que fazer.

Só esperar. Deixar que as noites inacabáveis se repitam, até que eu possa descansar por mais alguns momentos. Entre despedidas e comprimentos, horas intermináveis e esperas. Oh! Como odeio estas esperas. Este desalento absurdo. O corroer das alegrias. Dos sonhos que se distanciam, se aproximam e desaparecem. Bem quando estão quase a te tocar. O pior de todos os estágios, ou dos sentidos. Não é?!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

domingo, 15 de setembro de 2013

Juro

Eu escrevo sobre dias que não tive. Sobre noites que não vivi. Sobre momentos que gostaria de sentir. Não há uma razão, não existe um porque, só a necessidade latente, constante, atordoante de querer algo diferente disso que está aqui. Passar por desatinos que não estes - reais.

Como se fosse possível seguir em frente. Cada passo, cada volta. Em toda parte é como se os muros estivessem me cerceando. Esgotando a minha felicidade, ou quaisquer que fossem as esperanças.

Juro. Estou tentando, mas parece cada vez mais difícil. Sem amor, sem glória, sem heróis. Parece impossível seguir em frente. Passo à caminhos ou à uma vida, que não faz nenhum sentido, que não me toca, não me emociona, não me dá razão. Se cala ao avistar minha face. Se fecha ao ouvir os meus temores e pedidos.

Não há o que fazer, mas juro o que mais tenho feito, é tentado.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

E,

Minha mesa está cheia de garrafas. É real. Estou olhando para elas neste instante. No entanto, estou a tomar um café. Minha xícara em meio às garrafas. Whisky. Alguma coisa escura. Outra, que parece água, com alguma outra coisa misturada.

E,

eu espero, em frente as minhas esperanças a hora de por o pé para fora de casa.
De casa? Eu espero, o que eu espero.

O que eu espero? no momento, quero que o sol venha, para que eu possa aproveitar o frio. É tão difícil contemplar o que há lá fora com esse vento que corta. Com essa temperatura que entra em cada fio da minha lã, e arrepia cada parte de mim.

Me desencorajando de tudo.

domingo, 4 de agosto de 2013

Writing in dangerous

Não sei porque da especificidade, pois é sempre assim. Quando tudo aperta, a cabeça da voltas, o mundo todo se desfaz como algo que nunca existiu ou que nunca houvesse tido realmente importância. Parece que algo mudou, espero que seja diferente das outras vezes. Espero que este entalado, esta angústia incessante, este incômodo ser significa algo, por fim.

Eu achei, eu realmente estava achando que beirava as tristezas, as dores. Que estava sofrendo como sempre por algumas coisas estarem fora do lugar, por elas não me completarem, não me formarem. Pelas paredes por mais belas e inteiras que fossem, não eram aquelas, não eras as verdes musgos. Os detalhes não estavam aqui, os dias não passavam assim, não passavam daquela forma como eu necessitava. E eu achava que era por isso, achava que isto estava me deixando mal.

Mas no fundo era tudo razo, até mesmo a dor. Isso é tão difícil de lidar. Pior, é difícil estar realmente sentindo agora, essa dor. Aquela dor. Eu reconheci aqueles momentos, no fundo, os entendi, de novo. Houve um momento em que eu precisava de algumas coisas, em que eu sentia verdadeiramente o vazio porque de fato algo estava me faltando. Eu era infeliz eu queria o amor, eu queria a amizade. Eu queria viver e sentir aquilo, enquanto o que eu verdadeiramente esperava não chegava.

Eu não cheguei, mas estava no caminho. As paredes não eram verdes musgas, os detalhes não estavam em seus devidos lugares - alguns se quer ainda existem - mas pelo menos haviam mudado. E isso por um tempo me satisfez, eu aproveitei, moldei coisas, criei, conheci, me senti em alguns momentos, me surpreendi tanto em vários que essas sensações causaram algo em mim naqueles momentos. No fundo, elas apenas me um pouco...

Mas agora, hoje, há alguns dias eu venho sentido alguns mesmos sintomas daquela vez, como a muito não sentia. E então eu vi como o que eu sentia antes era tão normal, como se fossem sentimentos diários. Agora voltei a sentir algo só meu, algo que só eu sentia. Uma inquietude distinta de todas as possíveis. Essa vontade insenssante de beber como se nada mais pudesse ser a resposta. É idiota, eu sei. Mas eu não espero que faça sentido. Ninguém entende esse tipo de coisa. No fundo, que bom. Porque são as pessoas que estragam tudo. Quero dizer, aqui, por exemplo, está tão seguro. Não é o meu lar, mas está seguro. Eu estou sozinha e bem. Não feliz, mas bem.

Amanhã tudo implodirá como de praxe. Dói um pouco. Dói muito, mas é isso entende, vai chegar e não há o que fazer sobre isso a não ser, ir. Enfrentar isso, viver o que for. Não há respostas, não há alguém pra lhe segurar a mão e dizer qualquer coisa, exatamente, porque plausivelmente ninguém entende - HAHA plausível. Que se dane.

Não espero nada, só espero que algo mude. Principalmente eu mesmo. Porque cansa perceber que é tão pouco, que não faz nada pra desfazer isso. Ou mesmo, que isso te impede de saber o que você é, o que você sente e como fazer isso parar de doer tanto. Quem diria, mal sabia eu, que era tão difícil ser. E apesar do passar do tempo, o que está lá no fim é o início de tudo. Eu, escrevendo e abraçando o caos.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Alívio e culpa

Eu não durmo a dois dias, mas como de costume continuo comendo. As coisas deram uma embaralhada. Algumas eram ruins, suportáveis, mas agora. Não sei, sei lá. Está meio que na gota, como se fosse insuportável. Irremediável saco de vida. Eu sei que não é justo. Talvez eu nem mesmo esteja falando sério...é só que...é o que eu sinto.

Meu corpo está mais cansado do que nunca, pesa mais - literalmente, do que nunca. Tudo isso se enrola, se absorve, me entorpece e explode em mim mesmo. Como alguém que precisa de uma cura, eu preciso de um sono tranquilo.

O alívio e a culpa. Dois sentimentos tão distantes, não controversos - acredito, mas distantes, entende. Senti-los é libertador. E eu senti o alívio e a culpa. Eu sai, fui feliz. Bebi, abracei, fui feliz. E então eu estava tão feliz, e - como de costume - o que vem depois é um ato. Depois, no outro dia, é isso. Algo como alívio, frequentemente é culpa, mas não dessa vez. Dessa vez eu senti irremediavelmente os dois.

Eu falei do fundo do coração. Na margem da moral. Remota de qualquer pudor. Mal sabia eu, quem eu era. Mas são nessas horas em que mais me encontro. Quando estou longínqua de mim mesmo.

É tão belo e assustador.

Como se ao invés de se encaixar, tudo estivesse se aglomerando. Implodindo em um só corpo. Sinto como se tivesse cheia, explodindo. Aos pedaços de mim mesmo, e principalmente, de todos os meus sentimentos.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Mais do mesmo...

Será que as vezes toda essa dor não é no fundo falta de amor? Essa confusão existencial, quando tudo ao redor parece bem, não tem um motivo além de nós mesmos? Será que não é um individualismo incrustado achar sempre que somos nós que estamos com algum problema; que vem dos nossos pais, da falta de atenção doa amigos, de não ser bem tratados por estranhos. No fundo isso tudo, não é falta? Não é a necessidade de uma alma pra completar, de sentir uma pele além da sua. Das suas mãos serem seguradas. Da proteção doce e involuntária, de simplesmente estar ali. De sentir a presença.

Para além de mim é como se eu soubesse. Em mim é como se tudo não passasse de uma melodia, que nunca encontra a letra. Não sabe o tom. E o pior de tudo, nunca soa certo. Nunca é a canção por tanto procurada de alguém.

domingo, 21 de julho de 2013

Sobre ele

Uma das coisas que me dei conta hoje, por entre os diálogos, é de que as coisas acontecem, mudam, passam, mas no fundo, bem lá no fundo, elas permanecem iguais.

Não sei como começar a falar - mais - sobre ele. Dentro de mim, como eu o vejo, mal posso expressar em uma ou outra palavra. Para ele, talvez seja necessário frases inteiras. Pra falar dele, é apenas por meio de frases inteira, quem sabe, de textos.

Está é a primeira vez que falo dele. Mas ele está na minha vida a muito tempo. A parte dele em mim, apesar de ser muito forte, esta locada em algum lugar diferente, que não permite uma visão clara, uma explicação entendível, ou mesmo qualquer explicação.  Só existe aqui, diferente e constante.

Somos diferentes em coisas simples. Ele aquece meu coração com palavras fáceis. Ocupa muitas das minhas noites, em meus sonhos. Cheguei a parar de contar pra ele, a frequência já estava beirando a estranheza.

Ele nunca foi meu. Nós nunca fomos nós. Mas havia algo. Nós temos algo. Alguma coisa encantadora e triste. Como um resto de algo que nunca foi, mas que foi. Eu preciso dele.  Me conformo que é assim que tem que ser. Só não consigo lidar com o fato dele não ter me escolhido, porque eu escolhi ele.

Ele pertence a alguém e isso me deixa triste. Eu bebo, lembro disso as vezes. Lembro dele quase sempre. Choro as vezes, quero as vezes, desisto as vezes, supero as vezes. Mas no fim, até o que muda continua igual. Ele sempre está aqui, nossas conversas continuam, mudadas, e ao mesmo tempo as mesmas de três anos atrás.

Engraçado como tudo isso ficou cheio de "mas". Nossa história é um "é" sempre seguido de um "mas". Sabe, ele pra mim é um contexto de muitas coisas.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

outro

E cansei de tudo aquilo como alguém que desiste de um sonho. Mas era apenas cansaço, de não ser feliz, de não me sentir. De não ter nada.

"Onde descanso minha cabeça é o meu lar"

Sinto como se tivesse perdido meus poderes. Ou seriam, minhas forças?! Como se tivesse perdido algo de mim mesmo, que nem sei se um dia cheguei a ter. Força eu? Quem sou eu pra falar disso. Quem sou eu para fazer um discurso, o discurso de alguém que perdeu suas virtudes. Como posso me apossar de algo de alguém o qual nunca fui. Infelizmente, não posso. Mas sinto. Sinto como se estivesse sem uma parte importante, como se tivesse perdido algo que era bom em mim.

Não sei do que se trata nesse momento. Estou me repetindo tanto. Isso me chateia. Tanto.

As vezes eu simplesmente clico para guardar. Tenho medo de perder tudo, de achar ruim, de não querer, e não ter para lembrar. Pois fala tanto sobre mim, por mais que o seja "está" de uma forma como eu nunca conseguirei estar. Isso significa algo, precisa.

Será que nós queremos apenas reviver as canções "perdidas" ou de repente somos nós que estamos perdidos neste instante? E aqueles dias parecem seguros, dias inconstantes que agora parecem ser de alguém forte. Será um sopro daquilo que você gostaria agora?

Como se as voltas não te deixam ver. Os lugares são voltas e mais voltas, que te usam, te sugam, e não te deixam ninguém. Alguém para estar ao seu lado e dizer...qualquer coisa. Todas aquelas coisas. Necessárias. No fundo, são só os sons externos, ou não. Porque eu posso sentir também o toque. A boca, também. Isso se torna algo que não poderia ser, algo como eu. E agora? Eu apenas espero, peço ajuda - e espero. Como se fosse eu a força e a razão disso tudo. Como se houvesse escolha ou razão.

Como se as lembranças fossem isso... isso que elas são. Como se elas abrissem, tudo isso, todos esses gritos e sentidos. Essas forças e desejos. Esses desalentos e confortos, cada vez mais distantes e profundos. Como se eu precisassse correr para escolher. E esperar para fazer certo. Talvez seja esse motivo, quem sabe seja por isso que eu estou rouca assim. E tudo isso, é o que é. E cada vez mais, mais e mais, como um sino atordoante de algo que eu não posso sentir. É mais difícil assim. Eu lembro de algumas coisas, mas o que eu devo, não está aqui.
Eu não estou aqui.

É um cerco, minha cabeça, meu coração, meus pés, minhas mãos, não sentem mais ao redor, ou respondem a qualquer estimulo. Ela está sem pouso. E agora, onde está aquela doçura, se não aqui perto. Tão próximo quanto fosse possível, tão parando e violentamente chegando como deveria ser. Cade tudo que um dia esteve aqui desse lado.

terça-feira, 9 de julho de 2013

...

Coffee time, for a sweet life. Beatles songs in TV. A little smile, dreams, colors, happy.

All love in the world

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Mal sabia

Eu costumava escrever canções, sobre essas coisas. Coisas que me deixavam felizes e angustiada ao mesmo tempo. 
A respiração vai, volta... aqui eu percebi que é a primeira vez que passo por isso, pela situação na qual estou agora. É a primeira vez que vivo isso, não havia me tocado. Não conseguia perceber razões para um colapso, quando na verdade estavam estanques bem na minha cara.
Mal sabia eu, que no fundo sempre fui - sou, um retrato de mim. Não sei porque cotidianamente insisto em esquecer-me disto. Em pensar que não é justo. 
Ninguém deve se culpar pelas dores. Pelas faltas de amores. Pelos cotovelos machucados. Pelos pés já inchados de buscar. Buscar sempre como se andasse em círculos.
Mal sabia eu, que no fundo, sempre foi tudo assim. Mal sabia eu, que no fundo, nunca havia de fato tido motivos, ou de fato, realmente sofrido. Por isso este colapso permeia o caos; sem ter lado, não sabe fugir.  Mal sabia eu, de tantas coisas que jamais saberei, que agora sei. Mas que ainda quero saber. 
Mal sabia eu, que seria tão difícil ser.

domingo, 7 de julho de 2013

Entre sábados e passagens

As pessoas pareciam tristes hoje na rodoviária. Ou então era eu. Talvez a película entre eu e o mundo tenha feito com que os visse dessa forma. Quem sabe eles até estavam alegres, esperançosos. Que pena, ter acordado eu, com esse sentimento trágico do passar dos dias.
Estou imaginando o rosto da minha mãe, parece que tudo ficará bem.
Tenho um estranho apreço pela rodoviária, é um local arejado, de janelas longas, com pessoas diferentes e histórias parecidas. Pelo menos nos rituais de final de semana. Este de frequentar um terminal.


A.C.C 
Terminal Rodoviário - 06/07/13  Entre 13h15 e 13h30

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Noite passada

Cansei-me ao procurar adjetivos para aquilo. Em alguns momentos, você perde a fala, ou mesmo o verbo. A respiração não vacila, ela vive constante em desnorteio. Ao mesmo tempo, é algo calmo. Ininterrupto. Aos poucos. Pouco à pouco. Faltam adjetivos. Faltam forças, para tomar a decisão. Para perguntar. Para fazer alguma coisa. Noite passada, foi engraçada. A mesma coisa de sempre. Os mesmo gestos. Mas não o mesmo beijo. Não entendi. Não sei o que isso quer dizer. Se diz algo. O sentimento também, parece outra coisa. Nada esplêndido, surpreendente. Apenas outra coisa. Só mais uma daquelas noites passadas. E daqueles dias que ficam.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Se fosse ainda seria o que não foi, e sentiria o que não é mesmo nada, e veria que so é o começo, espeço do fim

Se o dia de hoje, nada fosse, ainda seria. Como se de tudo que aconteceu, tudo não passasse de nada, mas ainda assim, fez mais do que podia fazer. Eu senti mais do que deveria ouvir. Procurei e desfoquei, no mais intenso de mim. De todas as coisas. Mas perto do fim, o que mais eu precisava sentir, naquilo que mais deveria dizer. Silenciei. Prossegui. Em passos curtos, como alguém que espera ser alcançado. Mas não como alguém que espera alguém específico. Não olhei pra trás. Não sorri. Não dei o sinal. Disfarcei. Conversei. Desviei na mesma corrente. Segui. Senti a amargura. Gostaria de não tê-la. Só a ternura era suficiente para mim. Era o que eu tinha em mim, até ali.

Para falar a verdade, nunca percebo quando se transforma. Quando deixa de ser o que é, e passa ser o que é. Não sei de nada, de nada nada. Nada que sabia, sabia. Só não sei e, o não sei, basta. Mas as vezes, não. As vezes nunca é nada. Nunca precisa, mas sempre não sei. Sempre preciso, do que eu não sei. E no fundo, posso lidar bem com isso, pretensão é um saco. As pessoas são um saco. Eu sou um saco. Um saco de pancadas, poxa vida. Quem não é. E isso é um saco. O vácuo, de cada um. Que todo mundo tem. Porque o vazio, faz parte daquilo, que não tem. Não sei, todos precisamos do nada, porque nem tudo tem resposta. Não é fácil lidar com tudo sendo idiota, por isso, o vácuo. Por isso, nem tudo tem resposta. Menos mal, menos bosta

sábado, 11 de maio de 2013

Sábados

A cozinha está incrível. Não lembro da última vez que me senti tão bem. Não lembro também da última vez que acordei aqui e isso era habitual.

O vapor que vem do fogão alenha assola toda a cozinha. E eu mal me lembro da última vez que me senti tão em paz. Na verdade eu mal lembrava o que era isso. Paz.

Nada como um sábado. Nada como os sábados, em que estar aqui se torna possível. Só queria que isso durasse mais, que essa suavidade ficasse guardada dentro de mim. Para que os dias pesados passassem menos difíceis,

domingo, 5 de maio de 2013

Dos recomeços

Gostaria de dizer muitas coisas sobre o dia de hoje... Senti por várias vezes vontade de vir até aqui e relatar todas essas coisas que eu estava "vendo" e sentindo. Isso é engraçado, engraçado como tenho a sensação de recomeçar quando estou aqui. Como as coisas que já vivi, ou que costumava viver aqui fazem tanto sentido e como elas falam tanto sobre mim, sobre quem eu queria ser, como estou sendo agora.

Sobre isso, é assustador, assustador estar aqui onde pensava tanto sobre esse "futuro, sobre justificar uma vida morna, sobre as paredes e cores, porque de repente, vez ou outra entre apartamentos, ruas, bebidas e outras coisas, que nem pensava muito antes, estão presentes. Claro, não posso esquecer das pessoas, meros presentes, tão especiais como jamais pensei.

Nesse aniversário, ganhei presentes dessas pessoas. Em um dos raros momentos da minha vida, me senti completa, não pelas coisas materiais, mas pelos títulos, pelos autores... é difícil explicar como cada detalhe de mim parecia ter sido guardado na mente ou neles, para de repente ser dado a mim, da maneira mais poética e já lançada possível.

Está um dia maravilhoso e confuso. Na verdade, estes últimos dias tem sido muito confusos. Especialmente nas manhãs, são nelas que tudo pulso, digamos assim. Mas sobre elas, espero falar em um momento isolado, é algo bem excêntrico e especial.

Na verdade, preciso falar sobre muitas coisas. Como ficou claro nos parágrafos anteriores, não queria oscilar tanto, nem falar de maneira superficial, mas fica a caráter de descarrego...

Mais tarde eu volto, hoje mais do que nunca sinto vontade de respirar. E como sempre, apenas depois daqui é possível. Espero que tudo bem, que isso seja algo bom. Não aguento mais essa coisa de sentir a esperança, essa sensação de recomeço, mas de repente nada passar de um êxtase. Preciso falar sobre isso depois. Não sei se estou lidando bem com o estar feliz e o desespero de algo. São duas coisas tão especiais e tão difíceis de lidar. As vezes gostaria de estar à margem para sentir o que isso realmente é. Não sei se estou fazendo a leitura correta. Como se ela fosse fácil, mas não fosse clara.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

"Hoje o céu estava vermelho. Um vermelho de Maio."

É

Sabe o que é mais estranho, percebi que não sinto a falta de ninguém. Penso nas pessoas, em alguns momentos e nada. Como se nada preenchesse isso. Antes apesar de toda a confusão, no fundo eu sempre pensava que se tivesse isso, aquilo, ou alguém, tudo estaria bem. Mas agora, agora não é mais bem assim.
E, isso é tão estranho, torna tudo tão desolador.


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Après Mai

Alguém ama o mês do seu aniversário? Não sei bem se é por isso, pode ser que amasse Maio, mesmo não havendo qualquer relação existencial, digamos assim, comigo. Eu realmente amo o mês de Maio. Maio para mim é como as flores são para a primavera, essências para que ela seja o que é.

Eu me vejo em Maio, assim como vejo Maio em mim. Eu abro Maio. Meu primeiro mês de todos da minha vida, foi ele. E eu o vivi do começo ao fim. Foi o primeiro, primeiro dia de todos os dias da minha vida. Talvez seja por isso que eu sinta como se ele fosse meu, como se falar Maio fosse dizer, eu. 

Faltam dois dias. Como seria não viver aquele que é simplesmente o dia preferido da minha vida? Mas ainda sim gostaria de beber muito nesse dia. Muito mesmo. As coisas não andam fáceis, sabia? Não é como querer fugir...é só que parece ser a coisa mais interessante a se fazer, a única que ultimamente tem trazido efeitos. Sentidos nos toques, nos dias. Nas paisagens, nas palavras, nas malas. Em mim, no outro, em todos. Há cada momento.

Mas não sei se conseguiria ser feliz depois de simplesmente não viver o meu dia favorito. Não sei como seria, não sei nem se gostaria de saber. As coisas já são complicadas depois de Maio, sabe. Elas já parecem mais monótonas quanto são. Deselegantes, em alguns instantes, até mais quentes. Exorbitantes. Nas minhas entranhas, são estranhas de tão pouco afáveis. 

Em alguns instantes sinto até uma magoa, tristeza, por estar assim tão próximo. Eu ando tão confusa que não sei se queria passar por Maio. Porque não sei como será depois. Meu medo é como será depois de Maio. Como viver depois. Ensaios, ensaios de vida, como até agora, antes de Maio? Eu vivo esperando um tempo, talvez seja esse, talvez, minha vida se resuma em passar por Maio.
Alguém ama assim o mês do seu aniversário? Não sei bem se é por isso, mas nunca me sinto tão feliz quanto durante Maio. 




sábado, 13 de abril de 2013

Toda Poesia

quando eu fizer setenta anos 
então vai acabar esta adolescência

vou largar da vida louca 
e terminar minha livre-docência

vou fazer o que meu pai quer 
começar a vida com passo perfeito

vou fazer o que minha mãe deseja 
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade 
e terminar meu curso de direito

então ver tudo em sã consciência 
quando acabar esta adolescência 

Toda Poesia, Paulo leminski. pg 55

terça-feira, 9 de abril de 2013

Se nada fosse ainda seria

Faltar-me-ei de sentir algumas vidas
por medo
por falta de tempo
pela consequência dos momentos

puni-me-ei de viver um amor
do pôr que
por outros amores
por consequências
não minhas
deles

viverei-me-ei na inocuidade
por pudor
por falta
por dor
por amor as causas perdidas
por favor

por mim


sexta-feira, 29 de março de 2013

Por fim

Eu começo a sentir necessidades, que antes, jamais imaginei. Sabia que eram possíveis. Mas de repente, é tudo físico. Em mim, nos cômodos, nas pessoas. O jornal na lista... por fim, é tão bonito, como nunca imaginei.

[...]
Como serão as paredes, as ruas, os cafés matinais. Sobre que luzes eu vou estar desfocada? Será que vou conhecer pessoas incríveis, alternativas; prontas pra abraçar o mundo, como eu? Prontos para fazer dessa época uma estigma de si mesmos. Mergulhar profundamente em novas coisas, absorver tudo e todos, com ânsia de sentir a vida e, metafóricamente, seguir como em uma poesia do Caio, Cece ou das letras do Criolo.(Diário do futuro II - Absorver-se, dezembro de 2011)

[...]
Há muito em mim, muito que eu quero ver, viver, sentir, ouvir, escrever. Diferenciar de tudo o que vejo, que já me atraí. Não sei o caminho onde quero chegar. Com tudo o que eu quero sentir. Por agora, só sei que quero ir pelo ir. Ir já é encantador pra mim. É só o que não muda. Há todas essas coisas e tanta gente, e eu tenho medo disso, tenho medo de ser esse eu, que derrepente crio e derrepente não crio mais.( Hey Jude don't be afraid, outubro de 2010)

Das coisas que já disse um dia...

Das coisas que não sei

Ao passar pelos dias. Pelo nosso cotidiano. As decisões tomadas. Conviver e existir, nas vontades de cada dia. Mesmo depois de conseguir, aquilo que sempre quis, todo mundo em um determinado momento, precisa sair. Experimentar alguns sabores, inimagináveis um dia...

Não sei dizer qual o nome disto. Deste sentimento - se é que é um, ou se é uma característia comum da natureza humana. Mudar assim que se habitua. Correr para buscar, assim que encontra.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Palavras

As vezes, eu simplesmente esqueço de escrever. Como se eu não soubesse, como se a vida não cuspisse nada de útil. Como se absolutamente nada pudesse conter o sabor de algumas palavras. Algumas vezes, eu sinto que preciso de ajuda. No entanto, babitualmente, de uma maneira frenética e doentia, preciso estar só - até de mim mesmo, para que seja possível soltar algumas palavras. Principalmente, na maioria do tempo. Mas, as vezes a vida simplesmente parece indescrítivel. Como no filme Words, o leitor vive o que o escritor sentia enquanto escrevia. As vezes a vida simplesmente não merece se transpor, no que nós sentimos. Na beleza das palavras. É como algo que suja e estraga. E um escritor só existe no que escreve. Um escritor só é - o que for, se conseguir escrever isso.

Eu não falo de digitar. Eu, tu, ele, nós, vós, eles digitam o tempo todo. Digitam artigos, digitam sitações, digitam trabalhos, digitam documentos. Mas, só um escritor escreve. Só um escritor fala de você, do outro, dele mesmo. Só um escritor fala com as palavras. Por isso, as vezes, eles esquecem de escrever. Como se não soubessem. Porque, habitualmente nós não sabemos o que vem. Nos não entemos o que estamos vendo. Não compreendemos o que vem do outro, pra poder falar de você... É preciso obsorver, observar, observar... E, as vezes se observa tanto, que esquecemos que sabemos moldar. Moldar como uma obra. Para entregá-la a alguém, ou a si mesmo. Para por fim, ser. Pois um escritor só existe se ele escrever isso. Como alguém que fala de si o tempo todo, mesmo falando dos outros... Como alguém que quer falar da vida, mas que não a acha merecedora disso.

sexta-feira, 15 de março de 2013

A, as lacunas

Seguidas vezes passei pelos dias, como passava pelas estradas. Comprimeitei as pessoas, como sentia os eventos e o clima. Mal sabia eu que muitos daqueles olhos, daquelas bocas ficariam em mim para sempre. Como curvas dobradas, sem volta. Como presenças que se alongariam por além dos anos... No mais... era assim que eu me sentia.

Em meio a subvertivos sentimentos, alguns sorrisos sempre me chamavam mais atenção. As faces serenas nos almoços, nos jantares. Os lanches no bosque. E as faces serenas. Únicas. Únicas acima até mesmo das flores. Mais estonteantes que a paissagem do conjunto de árvores. Em meio a um cenário trivial, que parecia natural de outra latitude.

Como a vida é feita de imagens. As crianças. Os parques. A realidade. Os animais... Tudo em volta é igual. Mas a sua sequência... a sequência perfeita das imagens trazem a nós sentimento. Nossa vida são imagens, o que nós sentimos vem da beleza, da particularidade das suas sequências. E as lacunas? Não deve existir nada no mundo tão lindo quanto as lacunas; tão soltas, tão livres. Tão paciêntes pelo nosso olhar. Como o horizonte. As lacunas da nossa vida são como o horizonte dos dias. Vazios a espera do nosso olhar, do que nós temos a sensibilidade de enxergar. Só assim eles passam a existir com um sentido. O sentido é o que nós sentimos.

O que nós sentimos, que geralmente, não faz sentido... ou pouco temos a energia de desvendar. Nós somos como teias para nós mesmos. Somos como cadeias para os outros.

Para os queridos amigos. Para quem nunca conhecemos. Para quem nunca estará aqui, mas está em nós... Da felicidade de dançar sexy em um funeral. Da tristeza de chorar na formatura de uma amizade antiga. Na indecisão de pular ou ficar sentado na pelo sofá. Há lacunas gigantes entre as coisas? Há diferença entre amigo e irmão? Não. As lacunas estão, apenas, em nós.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Mais um dia

É comunal sentir-se assim, antes havia esperança. De alguma forma eu sentia que o próximo dia seria bom, que algumas coisas guardadas, alguns detalhes aqui e ali, davam a tudo uma ponta de, como posso dizer, felcidade?! Mas agora, já não sei, ou talvez eu saiba. Na realiade eu arrisquei tudo, bebi até a ultima gota. Não. Não falo do copo. Bebi até a última gota da garrafa. No bico. Agora a tontura aflora. A realidade bate dolorosa e escura na face.

É só mais um dia, quase sempre uma mesma história; você vive, conhece pessoas, solta palavras, busca sonhos... quando acha que se encontrou, dobra a esquina e está completamente perdido, de novo.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"Imprint"

Depois de alguns eventos, coisas aleatórias, posso até arriscar que comuns, ao final do dia foi como se algo estivesse diferente. Não a noite, não eu, não a casa. Por um segundo decidi dormir. Reparei no horário, cedo demais, sono de menos. Parecia até um fugitivo. Fugindo do que? E em um lapço de sentido, não mais senti. De repente, percebi que havia um vazio, não de angústia, tristeza, ansia... era uma vaziu como de um quarto; como um cômodo que é esvaziado e redecorado, um armário que é reorganizado, um cabelo que muda o corte, um tom que muda de música. Naquele segundo algumas coisas passaram pela minha mente, se juntaram a algumas que já estavam ali. Já não podia esperar por não sentir, e vi que até mesmo estendi muito, esperei demais, lutei por sentir, sem ser(ter) sentido.
E, nisso não existe valer, só exista a pena.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Nessas férias

Eu sempre gostei da penumbra. Dependendo do horário eu até mesmo gosto do sol. Nessas férias, eu aprendi uma coisa. Foram lindas, são lindas as coisas que nós aprendemos enquanto estamos no lar, no ladinho da mãe. Passando tanto tempo ao lado das suas coisas, tocando e revivendo, sentindo a nostalgia de todos os dias, de todas as coisas, de qualquer canto para qual você olhe.

Nessas férias eu aprendi muitas coisas bonitas, coisas bonitas sobre o verão - mas vamos deixar o verão pra mais tarde. Como dizia... Nessas férias... Nessas férias não segui o caminho do mar, não sai conhecer lugares exóticos - oh, como amo essa palavra, não assisti todos os filmes que queria, não li ou adquiri os livros que planejara, não falei todas as palavras que pensei, não me resolvi comigo mesmo, como esperava. Não emagreci...

Mas coisas que não planejei, não pensei, não esperava aconteceram também. Exorcisei uma dúvida, superei uma paixão dolorida e confusa. Bebi e chorei como uma criança, tão forte e profundamente, que desejei mais do que nunca falar com meu anjo da guarda, como nos livros do Paulo - Ah, eu li um livro do Paulo Coelho também, em três dias... foi lindo!. E bebi de novo, bebi várias vezes, muito mais do que sempre. Eu confesso, sentia as férias como um repouso, uma espiritualização, limpeza. Mas bebi mais do que nunca, fiquei bêbada demais, falai demais, falei o bastante. Chamei quando achava loucura, mas foi a hora certa. Exorcisei de novo. Tirei a dúvida e a fantasia do coração. Engraçado, esse paragrafo da bebida, podia ter linhas e mais linhas, já é o maior de todos, mas podia ser 2, 3 vezes mais. Sim, ninguém é bobo, ninguém precisa fingir - não aqui, nas bebidas e que tudo foi mais intenso.

Eu estava tão cansada do mundo que mesmo sem tocar terras estrangeiras, águas litorânes foram as melhores férias da minha vida. Onde eu descanso a minha cabeça é o meu lar, e após tanto andar por caminhos tortos, desconhecidos, cruzar com estranhos, amá-los, tudo que eu precisava era da previsibilidade. E no conhecido, descansar minha cabeça, fechar os olhos e andar no escuro sabendo exatamente onde pisar. Estar entre olhares familiares.

Foi tão lindo... Nessas férias, eu aprendi a amar um novo horário. Apesar do calor, da luz, eu gosto da claridade. Ali por meio-dia e meio, pegar um livro, sentar em qualquer canto. Ouvir longe o som da TV, porque minha mãe sempre está na sala nesse horário, entre coxilar e assistir. Tirando o horário da novela esse é o preferido dela.

Bom, não sei como até hoje nunca havia me dado conta. Nessas férias aprendi a amar... seja o que for...
porque cada vez eu tenho mais certeza "eu sou, eu sou amor da cabeça aos pés"

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Uma tarde assistindo Across The Universe - mais uma vez


É sempre assim, cada música que se encaixa, em cada passo da sua vida. Uma trilha sonora da sua existencia. Algumas até parecem cantadas especialmente para si. Em alguns momentos até posso imaginar alguém sussurrando elas para mim... Bom, é sempre lindo. Sempre especial, a cada vez. Por mais que seja mais e mais outra vez, nunca é só mais uma vez.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Me ame

Sou nômade, gosto muito de vagar aqui e ali, mas preciso inexplicavelmente de um canto. Adoro meia luz, por isso gosto tanto das manhãs. Do início delas. Por isso, acordo as vezes tão cedo, sem motivo aparente. Gosto de leite de soja, de verdade.
Prefiro mostarda, porque ela tira o enjôo das comidas. Nunca gostei muito de comer, sempre tive problemas com comida. Não aprecio, apenas como.

Eu não sei, as vez escrevo sobre mim, na espera de que, talvez, alguém por quem esperei a vida inteira, até hoje, me leia, me sinta. Não que me entenda, mas que me conheça, me ame, me queira, no mais intímo, e talvez me enxergue mais do que eu mesmo sou capaz quando me escrevo, além do que eu mesmo me percebo.

Eu sei, é como esperar alguém para te salvar, de alguma forma. Devolver-lhe o foco - dar algum, mas a verdade é essa, não importa aonde queremos chegar, o que precisamos para viver, para passar os dias, aquilo que nós buscamos no mais puro dos nossos sentidos e sonhos, é o amor. Alguém para amar, para pensar, para se existirem em um cotidiano bonito. É quando você conhece a saudade boa, saudade recíproca. Os abraços infinitos, que trazem um topor do paraiso junto com os beijos doces. As conversas interessantes, infinitas sem qualquer segunda (má)intensão, se não a da presença, da necessidade de tê-lo. Um alguém que vem para te salvar e você só consegue querer salva-lo também.

O amor está em algum lugar guardado. Em mim, em você... em algum lugar guardado para nós.

Das coisas bonitas da vida...




quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Das tardes

Quando as tardes são belas. O sol saiu a TV está esverdeada, não há um filme especial pronto pra passar... Mas ainda assim, a tarde está bela. É bom sentir essa sensação antiga, de passar as tardes pensando, esperando por destinos e sonhos felizes. Ter tempo de pensar na alegria de coisas simples. É bom estar, mas a nostalgia vivida é ainda melhor.

Antigamente tudo tinha que estar no lugar para que uma tarde fosse boa. Mas, agora, agora a alegria também é simples, apenas ser e estar. Quanta falta senti desta paz de pensar, de sentir a alegria e o espírito. Que simplório, eu sei, mas é assim que me sinto, como se eu me sentisse aqui.

Mas eu voltarei, lá é o meu lugar, porque estar lá também me faz querer estar aqui. E lá cai como uma luva. Sentei-me com todo o prazer do mundo naqueles bancos, naquelas escadas, naquela grama. Eu senti como se estivesse me encaixando. As pessoas são bonitas, os lugares serenos.

No entanto, nós sabemos, eu sei - aliás, no início não sabia, mas agora sei que nem sempre são flores, algumas vezes existem tristezas, desespero, agonia e a desesperança de tudo e dos sonhos, e nem mesmo assim é cogitada a hipótese de desistir, de voltar. Lá é o meu lugar. Lá as tardes também são belas. Não importam o quanto os dias sejam difíceis, quando existem pessoas fáceis.