Na primeira vez que senti vontade de conhecer estas terras, pensei que estaria nos versos de Gabriel Garcia Marques, que apesar de toda compulsão dramática possuí o seu romantismo. Mas agora, aqui, é nítido a cada esquina os versos e as veias de Eduardo Galeano. Um lugar parado no tempo e a desordem instaurada, como um país sem lei. O comércio exposto a barganha, para se comprar aqui basta querer e pechinchar. Herança triste de um território que há um tempo, não muito distante, prometia prosperar, não só nas suas terras, mas pelo globo. Os visitantes podem dizer que o Paraguai está findado. O Tio Sam diria: “não, ele está colonizado”.
segunda-feira, 31 de março de 2014
Uma manhã no província
quarta-feira, 19 de março de 2014
Maio, meu bem. Alguém tem ânsia por se mover
No começo quando buscava tudo, enquanto caminhava mais e mais, estrada, mar, floresta à dentro, não me importava com os relevos, pedras e musgos que faziam resvalar. Valia, de alguma forma, a pena. O cansaço era insone, os desejos podiam esperar. A existência parecia se guardar em cada segundo de espera, mas como alguém que chegaria. Um tempo bom, terna recompensa para o pesar - dos ombros.
Agora, finalmente percebo como a visibilidade e os passos eram pouco claros. Apenas não podia ficar na inércia, mas não necessariamente eram aqueles os únicos movimentos. Mal sabia deles, hoje é diferente. Preso em processo, onde não há regresso sem final de ciclo, é visível os verdadeiros movimentos que movem. Os coordenadores da sinergia, que gestionam o início do sorriso, do ardor dos sentidos, capaz de oscilar o coração de vontade. Presa numa bolha de pesares, através daquilo que não é feliz, finalmente a percepção do todo, a partir daquilo que de fato é valioso.
Maio, meu bem. O espero como alguém que tem ânsia por se mover. A inercia dos desejos não aparenta a mesma calma de antes. Sinto que cheguei ao meu começo, como alguém que finalmente se depara com o sonho que não foi vivido. Maio, meu bem.
Do amor, ao acre. Da companhia àquilo que fazemos só. Da mãe ao melhor amigo. Da universidade à um domingo de tarde.
De mim, para mim mesmo, como sempre o é.
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