terça-feira, 29 de janeiro de 2013

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Nessas férias

Eu sempre gostei da penumbra. Dependendo do horário eu até mesmo gosto do sol. Nessas férias, eu aprendi uma coisa. Foram lindas, são lindas as coisas que nós aprendemos enquanto estamos no lar, no ladinho da mãe. Passando tanto tempo ao lado das suas coisas, tocando e revivendo, sentindo a nostalgia de todos os dias, de todas as coisas, de qualquer canto para qual você olhe.

Nessas férias eu aprendi muitas coisas bonitas, coisas bonitas sobre o verão - mas vamos deixar o verão pra mais tarde. Como dizia... Nessas férias... Nessas férias não segui o caminho do mar, não sai conhecer lugares exóticos - oh, como amo essa palavra, não assisti todos os filmes que queria, não li ou adquiri os livros que planejara, não falei todas as palavras que pensei, não me resolvi comigo mesmo, como esperava. Não emagreci...

Mas coisas que não planejei, não pensei, não esperava aconteceram também. Exorcisei uma dúvida, superei uma paixão dolorida e confusa. Bebi e chorei como uma criança, tão forte e profundamente, que desejei mais do que nunca falar com meu anjo da guarda, como nos livros do Paulo - Ah, eu li um livro do Paulo Coelho também, em três dias... foi lindo!. E bebi de novo, bebi várias vezes, muito mais do que sempre. Eu confesso, sentia as férias como um repouso, uma espiritualização, limpeza. Mas bebi mais do que nunca, fiquei bêbada demais, falai demais, falei o bastante. Chamei quando achava loucura, mas foi a hora certa. Exorcisei de novo. Tirei a dúvida e a fantasia do coração. Engraçado, esse paragrafo da bebida, podia ter linhas e mais linhas, já é o maior de todos, mas podia ser 2, 3 vezes mais. Sim, ninguém é bobo, ninguém precisa fingir - não aqui, nas bebidas e que tudo foi mais intenso.

Eu estava tão cansada do mundo que mesmo sem tocar terras estrangeiras, águas litorânes foram as melhores férias da minha vida. Onde eu descanso a minha cabeça é o meu lar, e após tanto andar por caminhos tortos, desconhecidos, cruzar com estranhos, amá-los, tudo que eu precisava era da previsibilidade. E no conhecido, descansar minha cabeça, fechar os olhos e andar no escuro sabendo exatamente onde pisar. Estar entre olhares familiares.

Foi tão lindo... Nessas férias, eu aprendi a amar um novo horário. Apesar do calor, da luz, eu gosto da claridade. Ali por meio-dia e meio, pegar um livro, sentar em qualquer canto. Ouvir longe o som da TV, porque minha mãe sempre está na sala nesse horário, entre coxilar e assistir. Tirando o horário da novela esse é o preferido dela.

Bom, não sei como até hoje nunca havia me dado conta. Nessas férias aprendi a amar... seja o que for...
porque cada vez eu tenho mais certeza "eu sou, eu sou amor da cabeça aos pés"

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Uma tarde assistindo Across The Universe - mais uma vez


É sempre assim, cada música que se encaixa, em cada passo da sua vida. Uma trilha sonora da sua existencia. Algumas até parecem cantadas especialmente para si. Em alguns momentos até posso imaginar alguém sussurrando elas para mim... Bom, é sempre lindo. Sempre especial, a cada vez. Por mais que seja mais e mais outra vez, nunca é só mais uma vez.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Me ame

Sou nômade, gosto muito de vagar aqui e ali, mas preciso inexplicavelmente de um canto. Adoro meia luz, por isso gosto tanto das manhãs. Do início delas. Por isso, acordo as vezes tão cedo, sem motivo aparente. Gosto de leite de soja, de verdade.
Prefiro mostarda, porque ela tira o enjôo das comidas. Nunca gostei muito de comer, sempre tive problemas com comida. Não aprecio, apenas como.

Eu não sei, as vez escrevo sobre mim, na espera de que, talvez, alguém por quem esperei a vida inteira, até hoje, me leia, me sinta. Não que me entenda, mas que me conheça, me ame, me queira, no mais intímo, e talvez me enxergue mais do que eu mesmo sou capaz quando me escrevo, além do que eu mesmo me percebo.

Eu sei, é como esperar alguém para te salvar, de alguma forma. Devolver-lhe o foco - dar algum, mas a verdade é essa, não importa aonde queremos chegar, o que precisamos para viver, para passar os dias, aquilo que nós buscamos no mais puro dos nossos sentidos e sonhos, é o amor. Alguém para amar, para pensar, para se existirem em um cotidiano bonito. É quando você conhece a saudade boa, saudade recíproca. Os abraços infinitos, que trazem um topor do paraiso junto com os beijos doces. As conversas interessantes, infinitas sem qualquer segunda (má)intensão, se não a da presença, da necessidade de tê-lo. Um alguém que vem para te salvar e você só consegue querer salva-lo também.

O amor está em algum lugar guardado. Em mim, em você... em algum lugar guardado para nós.

Das coisas bonitas da vida...




quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Das tardes

Quando as tardes são belas. O sol saiu a TV está esverdeada, não há um filme especial pronto pra passar... Mas ainda assim, a tarde está bela. É bom sentir essa sensação antiga, de passar as tardes pensando, esperando por destinos e sonhos felizes. Ter tempo de pensar na alegria de coisas simples. É bom estar, mas a nostalgia vivida é ainda melhor.

Antigamente tudo tinha que estar no lugar para que uma tarde fosse boa. Mas, agora, agora a alegria também é simples, apenas ser e estar. Quanta falta senti desta paz de pensar, de sentir a alegria e o espírito. Que simplório, eu sei, mas é assim que me sinto, como se eu me sentisse aqui.

Mas eu voltarei, lá é o meu lugar, porque estar lá também me faz querer estar aqui. E lá cai como uma luva. Sentei-me com todo o prazer do mundo naqueles bancos, naquelas escadas, naquela grama. Eu senti como se estivesse me encaixando. As pessoas são bonitas, os lugares serenos.

No entanto, nós sabemos, eu sei - aliás, no início não sabia, mas agora sei que nem sempre são flores, algumas vezes existem tristezas, desespero, agonia e a desesperança de tudo e dos sonhos, e nem mesmo assim é cogitada a hipótese de desistir, de voltar. Lá é o meu lugar. Lá as tardes também são belas. Não importam o quanto os dias sejam difíceis, quando existem pessoas fáceis.