quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sobre Prólogos e Epílogos

Sob o leito, o cansaço do meu ser que treme. Os sonhos em uma relação intrínseco com pesadelos, doces e amedrontantes. Todas as minha ilusões juntas. A imagem de mim mesmo deitada, o momento de paz, sem qualquer lucidez, mas em paz. No maior auge possível de face serena.

A luz fraca, azul turquesa e, a cama, segura. Todas as minha inconpreenções, tudo que eu sinto no meu sonho, toda a lucidez que me falta. O gosto do café, muita comida, pesares de felicidade e a coragem. A pouco percebi que como me via, não me sentia.

E quando levanto tudo se vai, nada é justo. O medo de sair de casa. Medo de não ser mais, de ser muito menos. Tudo que vejo lindo, radiante, não posso mais compara-lo a mim. Meus valores inertes, doces... Ligados a penumbra, onde não á sol, não á lua, somente a penumbra, clara, escura...

Sou eu, minha inconstância assimilada, na espera, entre o meio, entre a decisão. Vivo criando minhas versões de prólogo, temendo o epílogo. Á espera de desistir ou a ponto de fazer.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dias

Quando você se dispõe a ficar bem, sem pensar muito sobre só uma coisa, você está completamente sujeito a enlouquecer ainda mais. Quando você só observa você, simplesmente, vê tudo, o detalhe dos dias. E, são tantos detalhes no que agente fala, ainda mais no que vêmos os outros falar. As ações mórbidas, tão poucas são doces, leves... Tão pouca coisa que traz felicidade repentina e breve. A verdadeira afinal.

Toda uma dilaceração do tempo, do carinho. Á tanta beleza em acordar cedo, e assistir o jornal. Um bom jornal! Hoje em dia, tudo que está no foco não parece precisar ser muito bom - não é, no fim -. As coisas boas cada vez mais, estão destinadas a grupos seletos, de horas seletas, momentos inalterados, incomuns. Tudo o que vejo são pessoas querendo, cada vez mais, ser igual, igual a o igual. Quando o interessante está, exatamente, na diferença, no diferente, seleto, inalterada essência, o incomum.

É tão doce ler um livro e colocar nas suas palavras, as palavras dele tirada. Aproveitar o momento de dizer, de agir, de se vestir. Estar gracioso, por ser você, ser desleixado por ser você. Viver cada dia no limite de tudo o que você está sentindo. Não á nada mais incrível do que ter a certeza que você fez, disse, tudo o que tinha em você.

Ser a sua essência todos os dias, ter seus momentos, e que ele seja sempre seu. Nada é ruim verdadeiramente, nós é que somos pessimistas de mais. Acreditar faz com que agente lute sem se abater. Observar, sem absorver os outros. Sentir o momento é doce, breve e verdadeiro. Os dias só, realmente, são bons se você não se importar mais com tudo isso, com tudo que é igual. Tudo que insiste em tornar o diferente, anormal.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Instabilidade

O momento, o dia, o consumo. Seu entendimento sobre tudo, suas próprias opiniões. Todas as coisas que disse, deixou de falar, mas ainda assim, tudo o que sabe, o que sente, todo o seu conjunto. Do momento em que estava, sereno no travesseiro, até o momento em que colocou seu pé para fora do seu refúgio, então, tudo ataca.

Sabe aquilo que sente, quando, há uma instabilidade ética?! Instabilidade no estante, nas palavras, na linha de pensamento, de pessoas próximas. O quão medíocre as pessoas podem ser, o quão, inabalável é o sentido de por se no lugar do outrem, e perdoar. O quão mais nojentos os seres humanos podem ser, mais do que já são.

Crianças, machucando os outros, a o invéz de buscar quem são. Entender o real motivo de toda essa existência. Do quão valioso é o carinho, e, quão bobo é o ódio... Tudo isso pelo que pregam mediocrimente, o que incrustaram em si próprios. Causando toda essa dor, a quem vive, a quem só quer viver. A quem já descobriu o sentido disso.

Mas até nestas tempestades idiotas, iniciadas por crianças bobas, se pode tirar algo. Algo sobre o tempo, a magnitude do tempo. E sabe, ele como ninguém, é capaz de mostrar tudo, mostrar quem está a seu lado. Mostra o eu exposto, sujo.

Seres cada vez mais nojentos, fazendo tudo errado. E estão ao meu redor... Cresçam, cometam erros para descobrir quem são, mas só com o direito de machucarem a si próprios, não fação isso com os outros. Sobre mim, bom, eu sei quem eu sou... As verdades em mim, não ofendem. Mas o mundo é mentiroso de mais, e isso me enoja nele, e me enoja em vocês também. Se não puderem crescer, ao menos saiam do meu redor.