quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

La musique

Acordei tão musical. Suave, doce. Eu conseguia sentir todos os fraguimentos do ar. Ver o tempo indo, e as folhas mexendo-se lá fora, criando sombras dançantes, em meio ao sol, na minha parede. Um semi-momento perfeito. Sentia um sono que queria permanecer acordado, e ali deitado, absorvendo a leveza e a doçura do som. Do ar. Do semi-escuro perfeito. Como aqueles momentos em que nada se compara, e do resto tudo pode ser. Tudo está em aberto. E você é capaz de ficar bem pra sempre. Essas coisas inexplicaveis das manhãs. A exuberante leveza de sentir que pode ser, quando observa alguem no sua essência sendo, num momento em que ela se entrega ao que é, e o quão lindo é sela. Por mais diferente e torta. Tão exuberante. Então sentes que quer ser, sem medo. E que pode. Uma semi-certeza que é tudo doce, até os momentos ruins, podem ser. Ah, essas coisas inexplicaveis das manhãs...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Risos, risos

Hoje eu acordei querendo olhar no fundo da estrada. E, veja só, eu vi aquilo tudo. Aquelas coisas das quais acreditava. Num tempo em que desistir não existia no meu pensamento, nos meus planos. Agora pego-me rindo de mim mesmo, ao perceber, que cogitei isso em algum momento, desse momento.

As vezes precisamos, apenas enxergar mais além, as vezes apenas havíamos perdido o foco. Um instante trás a tona, seus mais incrustados desejos e planos, e você se dá conta de que tudo é possível. Toda a desesperança de antes, era apenas o medo, o medo escondendo, tudo aquilo, do qual sempre teve a completa certeza, do que queria, que buscaria sem qualquer anseio.

Todos os sentimentos; os amigos, o amor da sua vida, sua mãe, a família... Enquanto dançava girante na sala, um filme de todos eles, e, do que virá. De como esta sala não será a que abtarei todos os dias, as vozes e os sentidos, tudo irá se transformar... Com esse filme que ia passando na minha cabeça, uma felicidade ia chegando no meu peito.

E, foi nesse momento, que vi aquela mesma coragem. A mesma certeza que sempre tive ao pensar no futuro, que não se importava com o quanto as coisas dessem errado, se eu quisesse elas dariam certo em algum momento. Risos, risos - ao pensar que algum dia deixei de acreditar nisso.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Seja, complete, aconteça



Mais do que nunca, as coisas me definem. Pouco a pouco venho materializando aquelas vontades, das váriadas listas, já listadas. Confesso que os planos mudaram um pouco. Não por vontade própria, mas assim é a vida. E, de certa forma, pode ser melhor assim, e, que seja não é!? As vezes é preciso dizer, que se foda. E se foder. Seguir de peito aberto nos caminhos opontados. Absorvendo tudo e a todos. Absorver cada diferença, cada novo sem preceitos. Acontecer.

Porque uma coisa é que as coisas estejam certas, dando certo. Outra é você dando certo, você acontecendo. Minha irmã desmistificou, completamente aquela frase de uma musica -, se não me engano; na vida não existe felicidade e sim momentos felizes. Segundo ela, isso é a maior poesia musical barata; felicidade é estado de espírito, não apenas momentos. Ser feliz é na alma, mesmo sem um sorriso, se existe feliz. Nesses momentos é que torna-se ainda mais clara, minha admiração por esta pessoa tão incomum no mundo. Sem a qual, sentiria-me eternamente uma alma vagando sozinha, sem complemento.

E realizando estes desejos mais antigos, apesar de algumas coisas precisarem ter sido auteradas, me sinto cada vez mais sendo a paz. Sentindo o amor. Vivendo o bem. Sendo quem eu quero ser, por que é quem eu sou. E parece que, finalmente, deixarei de ser só pra mim. É mais facil, só que como tudo, cansa.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Matinal

A simploriedade da paz e harmonia que sinto agora, sobre um aspecto simples, pouco esalador de muita coisa, quase nada na verdade. Apenas uma presença e palavras afetivas sem qualquer exatidão. Mas ainda assim palavras e presença. Logo, paz, harmonia. Algum sentimento bom. Numa manhã que nem por tentativa conseguiria arruinar-se.

Alguns chamariam de contentar-se com pouco, mas vejo como sentir os detalhes de algum sentimento. Pouco detalhado, nada classificado, mas ainda assim algum sentimento. Há tempos que vejo a vida assim; querer e viver, apenas o que é. Mesmo embassado, está acontecendo. É o que importa. O que se vive, não o que se pode viver.