segunda-feira, 27 de maio de 2013

Se fosse ainda seria o que não foi, e sentiria o que não é mesmo nada, e veria que so é o começo, espeço do fim

Se o dia de hoje, nada fosse, ainda seria. Como se de tudo que aconteceu, tudo não passasse de nada, mas ainda assim, fez mais do que podia fazer. Eu senti mais do que deveria ouvir. Procurei e desfoquei, no mais intenso de mim. De todas as coisas. Mas perto do fim, o que mais eu precisava sentir, naquilo que mais deveria dizer. Silenciei. Prossegui. Em passos curtos, como alguém que espera ser alcançado. Mas não como alguém que espera alguém específico. Não olhei pra trás. Não sorri. Não dei o sinal. Disfarcei. Conversei. Desviei na mesma corrente. Segui. Senti a amargura. Gostaria de não tê-la. Só a ternura era suficiente para mim. Era o que eu tinha em mim, até ali.

Para falar a verdade, nunca percebo quando se transforma. Quando deixa de ser o que é, e passa ser o que é. Não sei de nada, de nada nada. Nada que sabia, sabia. Só não sei e, o não sei, basta. Mas as vezes, não. As vezes nunca é nada. Nunca precisa, mas sempre não sei. Sempre preciso, do que eu não sei. E no fundo, posso lidar bem com isso, pretensão é um saco. As pessoas são um saco. Eu sou um saco. Um saco de pancadas, poxa vida. Quem não é. E isso é um saco. O vácuo, de cada um. Que todo mundo tem. Porque o vazio, faz parte daquilo, que não tem. Não sei, todos precisamos do nada, porque nem tudo tem resposta. Não é fácil lidar com tudo sendo idiota, por isso, o vácuo. Por isso, nem tudo tem resposta. Menos mal, menos bosta

sábado, 11 de maio de 2013

Sábados

A cozinha está incrível. Não lembro da última vez que me senti tão bem. Não lembro também da última vez que acordei aqui e isso era habitual.

O vapor que vem do fogão alenha assola toda a cozinha. E eu mal me lembro da última vez que me senti tão em paz. Na verdade eu mal lembrava o que era isso. Paz.

Nada como um sábado. Nada como os sábados, em que estar aqui se torna possível. Só queria que isso durasse mais, que essa suavidade ficasse guardada dentro de mim. Para que os dias pesados passassem menos difíceis,

domingo, 5 de maio de 2013

Dos recomeços

Gostaria de dizer muitas coisas sobre o dia de hoje... Senti por várias vezes vontade de vir até aqui e relatar todas essas coisas que eu estava "vendo" e sentindo. Isso é engraçado, engraçado como tenho a sensação de recomeçar quando estou aqui. Como as coisas que já vivi, ou que costumava viver aqui fazem tanto sentido e como elas falam tanto sobre mim, sobre quem eu queria ser, como estou sendo agora.

Sobre isso, é assustador, assustador estar aqui onde pensava tanto sobre esse "futuro, sobre justificar uma vida morna, sobre as paredes e cores, porque de repente, vez ou outra entre apartamentos, ruas, bebidas e outras coisas, que nem pensava muito antes, estão presentes. Claro, não posso esquecer das pessoas, meros presentes, tão especiais como jamais pensei.

Nesse aniversário, ganhei presentes dessas pessoas. Em um dos raros momentos da minha vida, me senti completa, não pelas coisas materiais, mas pelos títulos, pelos autores... é difícil explicar como cada detalhe de mim parecia ter sido guardado na mente ou neles, para de repente ser dado a mim, da maneira mais poética e já lançada possível.

Está um dia maravilhoso e confuso. Na verdade, estes últimos dias tem sido muito confusos. Especialmente nas manhãs, são nelas que tudo pulso, digamos assim. Mas sobre elas, espero falar em um momento isolado, é algo bem excêntrico e especial.

Na verdade, preciso falar sobre muitas coisas. Como ficou claro nos parágrafos anteriores, não queria oscilar tanto, nem falar de maneira superficial, mas fica a caráter de descarrego...

Mais tarde eu volto, hoje mais do que nunca sinto vontade de respirar. E como sempre, apenas depois daqui é possível. Espero que tudo bem, que isso seja algo bom. Não aguento mais essa coisa de sentir a esperança, essa sensação de recomeço, mas de repente nada passar de um êxtase. Preciso falar sobre isso depois. Não sei se estou lidando bem com o estar feliz e o desespero de algo. São duas coisas tão especiais e tão difíceis de lidar. As vezes gostaria de estar à margem para sentir o que isso realmente é. Não sei se estou fazendo a leitura correta. Como se ela fosse fácil, mas não fosse clara.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

"Hoje o céu estava vermelho. Um vermelho de Maio."

É

Sabe o que é mais estranho, percebi que não sinto a falta de ninguém. Penso nas pessoas, em alguns momentos e nada. Como se nada preenchesse isso. Antes apesar de toda a confusão, no fundo eu sempre pensava que se tivesse isso, aquilo, ou alguém, tudo estaria bem. Mas agora, agora não é mais bem assim.
E, isso é tão estranho, torna tudo tão desolador.