domingo, 23 de maio de 2010

Eu sou brasileiro, Renato Russo


Hoje não dá
Hoje não dá
Está um dia tão bonito lá fora
E eu quero brincar

Mas hoje não dá
Hoje não dá
Vou consertar a minha asa quebrada
E descansar... (Os Anjos)

Quero irmãos e irmãs
Deve de ser cisma minha
Mas a única maneira ainda
De imaginar a minha vida
É vê-la como um musical dos anos trinta
E no meio de uma depressão
Te ver e ter beleza e fantasia... (Vamos Fazer Um Filme)

Vem depressa pra mim
Que eu não sei esperar
Já fizemos promessas demais
E já me acostumei com a tua voz
Quando estou contigo estou em paz
Quando não estás aqui
Meu espírito se perde, voa longe... (Sete Cidades)

Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos distantes de tudo... (Tempo Perdido)

sábado, 22 de maio de 2010

Skin

Eu quero sentir a dor. Aquela dor certa, dor absoluta da alma, porque eu não sinto nada e eu preciso, tanto, sentir algo. O destino pode ser tão cruel, eu sei que amanhã é algo inevitável que a dor que sentirei por tudo isso não estar aqui será horrível mas não tenho medo. Preciso sentir essa dor, só assim sentirei todo o resto, só assim eu estarei próxima de mim, do real.

Essas manhãs em que acordo cedo mostram-me tantas coisas, conversam comigo, tentando me dizer algo, mas eu não as intendo, apenas sinto que uma parte de mim muda a cada nova 'conversa' que temos. Mas eu necessito de mais realidade. Necessito da desesperança que a realidade proporciona. Porque eu não sinto. Estou vendo tudo, sofrendo de leve. Mas quero isso, incrustado, cravado na minha pele, para que eu sinta cada arrepio do medo, soluço do desespero, cada centímetro da inesistencia
que o vazio traz corroendo meu peito.

Quero sentir que minha alma é forte o bastante para estar de pé. Preciso sentir que ela existe, e que mesmo depois de toda dor ela ainda tem sentido. Preciso saber quem eu serei depois da dor, mesmo tendo a certeza de que sentirei saudades de que eu era, mas só sentido isso eu estarei mais perto de mim. Do contrário, estarei para sempre, cegada pela neblina.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Woodstock 69

Encontrei algumas fotos de woodstock 69, o qual eu queria muito ter ido.

O festival exemplificou a era hippie e a contra cultura do final dos anos 1960 e começo de 70. Trinta e dois dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se durante um chuvoso fim de semana para meio milhão de espectadores, entre os dias 15 e 18 de Agosto de 1969 na fazenda de 600 acres de Max Yasgur na cidade rural de Bethel, no estado de Nova York, Estados Unidos.

Apesar de tentativas posteriores de emular o festival, o evento original provou ser único e lendário, reconhecido como uma dos maiores momentos na história da música popular.


Provocou congestionamentos imensos, bloqueando a Via Expressa do Estado de Nova York e transformando Bethel em "área de calamidade pública". As instalações do festival não foram equipadas para providenciar saneamento ou primeiros-socorros para tal multidão, e centenas de pessoas se viram tendo que lutar contra mau tempo, racionamento de comida e condições mínimas de higiene.


Ainda assim, em sintonia com as esperanças idealísticas dos anos 60, Woodstock satisfez a maioria das pessoas que compareceram. Mesmo contando com uma qualidade musical excepcional, o destaque do festival foi mesmo o retrato comportamental exibido pela harmonia social e a atitude de seu imenso público.

Sexta-feira, 15 de agosto; Richie Havens, Swami Satchidananda, Sweetwader, Incredible String Band, Bert Sommer, Tim Hardin, Ravi Shankar, Melanie, Arlo Guthrie, Joan Baez.

Sábado, 16 de agosto; Quill, quarenta minutos para quatro músicas, Keef Hartley Band, Country Joe McDonald, John Sebastian, Santana, Canned Heat, Mountain, Grateful Dead, Creedence Clearwater Revival, Janis Joplin com a The Kozmic Blues Band, Sly & the Family Stone, The Who, Jefferson Airplane.

Domingo, 17 de agosto para Segunda, 18 de agosto; The Grease Band, Joe Cocker, Country Joe and the Fish, Ten Years After, The Band, Blood, Sweat & Tears, Johnny Winter e seu irmão, Edgar Winter, Crosby, Stills, Nash & Young, Paul Butterfield, Blues Band, Sha-Na-Na, Jimi Hendrix.

Adendo: E falando nisso, esse ano vai rolar o tal de SWU chamado de woodstock brasileiro, dizem que ele vai ser todo voltado pra sustentabilidade, o que é bem legal. Vai ter Linkin Park, Pixies, Incubus e Dave Matthews Band, dias 9, 10 e 11 de outubro, em Itu, interior de São Paulo. Espero que tenha muita lama e gente pelada, hahaha.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Divagação

Fora do seu corpo. Sendo o que quer. Livre. Continua a ser preto e branco, no meio de todo o colorido, mas, é livre e verdadeiro. Viajando entre a multidão, tantos rostos distintos, maneiras diferentes de se vestir, de camuflar-se. Alguns chegam a ser interessantes até misteriosos, não o bastante. Alguns são faceis de decifrar, faceis de desinteressar, infelizmente.

Dizem que jovens saem a noite a procura de românce, musica e inspiração. No meu caso dificilmente volto pra casa satisfeita, talvez eu possa salvar apenas uma vez, mas não foi nada duradouro. Como parte dos meus amores. E sabe, liberdade de mais sufoca. É mas uma daquelas coisas que estranhamente parecem impossiveis, até que aconteça com você.

Mas posso diser que dessa maneira sobra mais tempo para nos olharmos. Até que piramos ao ver quem somos, ou nos perdemos mais ainda descobrindo o que não queremos ser, e quem estamos nos tornando. Isso se chama liberdade? Talvez seja adolescência ou as duas juntas, a própria iroxima inflamada. Porém, não sei se isso seria melhor infrentado em outro estado se não o da liberdade, se podem me intender...

Perfeitamente além do que eu mesmo sinto, é dificil se descobrir e se perder. Mas é dificil não se encontrar também, ficar perdido por tanto tempo pode ser solitário, talvez, necessitamos que alguem nos encontre, ou necessitamos encontrar alguem preto e branco nesse colorido sufocante.
Alguem que viva e veja algo mais além da dependência de todo o resto. Alguem diferente mas parecido com nós.