quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Portfólio

Eu poderia tentar explicar muitas das imagens que vejo. Mas ainda assim pouco faria sentido. Algumas coisas dentro de nós ou algumas explicações, principalmente sobre nós são assim, um sentido que não faz sentido, mas ainda sim, é o que nós somos. Talvez seja uma confusão, como o espelho de nós, mas ainda assim, não deixa de ser o que somos. Das coisas que eu precisava dizer, daquelas que eu necessitava mostrar, dos olhares que coloquei que queria que os outros também desfrutassem. É um pouco daquilo que não faz sentido pra ninguém, nem para mim mesmo, mas que ainda assim, eu sinto que me constrói. Por isso, para vê-lo, antes de vê-lo... Peço, apenas que dispa-se das coisas que espera, das expectativas... E como a as canções, apenas sinta, não lendo as tablaturas, mas ouvindo como eu sôo.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Dedicatória

Agradeço a uma das Professoras mais inspiradoras que já conheci. Agradeço a ela por nos instigar a escrever sobre a indignação com sentimento, a nos instigar a amar o jornalismo e fazer dele mais do que é, a nos instigar a lutar como os jovens dos anos 60, que escreviam mais do que para contar, escriam para viver, para salvar a eles e aos outros. Obrigada também pela oportunidade de escrever o que muitas vezes ficaria preso por aqui.

Uma crônica sobre São Paulo, para a diciplina de Português, após uma viajem do curso...

São Paulo

É assim que nasce uma história. A partir de uma vontade irremediável de fazer alguém existir nas suas palavras.
Um ato desesperado de busca por si mesmo, através do outro.
Através daquilo que te indigna.

Depois de um olhar demorado... Quase sempre é assim que nasce uma história.

Eu nunca tinha perdido a fome. Não daquela maneira.
De repente muita coisa fez sentido.
Muita coisa deixou de fazer, também.

Não dá pra descrever. São Paulo é uma moça morta. Que pulsa!
Em cada canto vozes, muitas vozes. Todos falam ao mesmo tempo.
Porque ninguém tem tempo. Todo tempo é tempo perdido.

Em cada esquina uma embriaguez artística.
Uma poluição.
Um lixo visual, sonoro e mais lixo.

São Paulo é uma casa
É uma galeria pintada.
Nas calçadas camas, nas paredes telas.

Nas camas pessoas, nas pessoas vontades, nas vontades muros.
Nos muros telas, com vozes pintadas nas paredes da cidade.

Eram doze horas, meio-dia, já estava comum passar por ali.
Comum sentir aquela sensação indigna.
Havia se tornado uma indignação passiva.
Eu nunca tinha perdido a fome. Não daquela maneira.

Não sabemos a história de ninguém.
Quem teve escolha. Quem não tem.
O sentido dessa cidade está nos detalhes.
E os detalhes tiram a fome.

Tê-lo

É tão complicado encontrar alguém. De repente você encontra a metade de tudo que você é, cada frase, cada movimento, cada vontade e desespero, se assemelhão ao seus. Então é impossivel você não construir uma fantasia, uma expectativa sobre aquele que ser que parece tanto com o seu, como se ele existisse, como se você existisse apenas para tê-lo. Tê-lo encontrado neste mundo, tê-lo salvado, assim como ele a você.

Parece impossível que ao se encontrarem, se tocarem, se sentirem nos devaneios, não aconteça aquilo que nasceu para ser. Amor, talvez, paixão talvez, triste, mas um momento apenas, talvez. Mas parece impossivel que algo não naça. Quando dois seres se completam dessa forma, parece impossivel não crescerem marcas, sentimentos, vontades um pelo outro.

Só que, ao mesmo tempo que tudo pode ser tão bonito e pleno, quando as coisas tem completamente tudo para dar certo elas simplesmente, podem não dar... pode ser um erro, uma ilusão, talvez só você enxergue essa complemetude. Como outras vezes, talvez apenas você esteja vendo muito no nada, não que não exista, mas é que, sabe, recíprocidade tange, conta, vale mais do que tudo nesses momentos, nessa coisa bonita que é sentir-se com alguém. Querer a presença.Tê-lo.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Companhia

Frequentemente gosto de observar coisas antigas, fotos, escritos um eu antigo. Frequentemente gosto de sentir saudade de mim, porque ai percebo como as vezes, por mais perdida, por mais ideias nebulosas, vontades erroneas, o caminho é aquele que deveria ser. É o melhor possível, que pode ser.

Eu espero menagens, que no fundo eu sei, da mais absoluta certeza que jamais serão endereçadas a mim. E me pergunto, algumas vezes do porque, quando na verdade eu já sei, quando na verdade é tão óbvio que não precisa existir um motivo, só você, só você que não é a pessoa dele. Existe outro ser, outro corpo que desperta a inquietação daquele coração, que tira o sono e domina os pensamentos daquela alma, pela qual infelizmente você decidiu entregar, sua lacuna de tempo, sensibilidade e afeto.

O mais engraçado de tudo, é que por mais tempo que eu pense em outra pessoa, por mais sonhos, devaneios, desejos, alucinações e por mais que seja naquela outra pessoa que durma pensando, eu sonhei com você. De alguma forma isso me diz algo, não sei como, ou porque você está em mim, fomos breves e rasos, rasos demais pra sentimento de verdade e ainda assim, é com você que eu sonho, mesmo sem querer, mesmo sem te-lo em primeira pessoa nos meus pensamentos. Não entendo por que vocÊ me acompanha agora aqui, se não quis me acompanhar antes
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