sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ir

É engraçado e, insuportavelmente bom nos filmes, quando as pessoas tomam o choque da realidade e resolvem sair da escuridão, fazer algo com relação as escolhas erradas que fizeram, mesmo que seja só um sonho poder voltar atrás, ainda á a decisão, pedidos de perdão... Enxergar, finalmente, que querem viver; sair, sentir cada vento, mudar a cada esquina, dobrar e desbravar cada rua. Percebem quem vale a pena ter na vida delas. Enxergam quem nunca as deixaria esperando, mas que esperaria por elas.

E enquanto o filme corre, ficamos imaginando, nos espelhando entre uma fala e uma situação. Nos espelhamos até na maneira como se resolve, como se em um instante a esperança palpitasse, e parecesse que nada é impossível, afinal. Pra mim, pra você, para aquela situação de dias, ou estado do momento. Parece que tudo acaba bem no fim. Mas quando a tela fica preta, e as letrinhas começam a subir, isso tudo acaba. Você só quer ficar sentado, pois o plano do personagem não parece assim tão genial, tão pouco parece encaixar-se na sua situação.

Mas mesmo com algum cansaço inesplicavel, me peguei precisando começar, precisando que alguma coisa se transformasse, qualquer coisa, seila; arrumar as coisas espalhadas, mudar as que estavam a muito na mesma posição... E no momento em que ia corrigindo as coisas, arrumando, colocando nos lugares -, mudando de lugar, eu me sentia diferente. Continuava eu mas, era diferente. Eu adorei isso, mais do que poderia imaginar. Mais do que imaginei que aconteceria.

E foram nesses últimos dias quando tudo realmente bateu à minha porta, que eu vi que não eram só fantasias - no fundo eu queria tanto que as coisas se transformassem, de mim mesmo, até meus pares meia, que não chegava a acreditar que aconteceria. Sentir uma liberdade, um eu que sobressairá sobre esse que tanto já se escondeu e questionou-se. Agora eu sei que esse eu que é, pode existir. Eu estava como em uma cena de filme, um episódio. Onde apartir de um instante, resolvi que era a hora de fazer o que eu precisava já a muito tempo. Enxerguei que já não poderia mais esperar. E que ninguém traria pra mim o que eu precisava buscar.

Jornal

Acordei bem, com algum gosto de ferrugem na boca, ressaca no estômago. Mas é coisa leve, não impediu-me de fazer torradas e tomar um café. As coisas parecem estar meio melhores, longe do estável, mais dormente, talvez.

Agora estou assistindo jornal, está passando algumas imagens muito parecidas com a Irlanda, mas ao que parece é de algum lugar da Itália ou Portugal, traz uma calma. Esse jornal da manhã é meu preferido.

Ano novo, sobre isso que estão falando agora... ano novo, eu ainda nem preparei minha lista, se à dois dias atrás algumas coisas tivessem acontecido diferente, talvez eu estivesse mais empolgada, com meia dúzia de desejos mais. Com vontade de tudo, de começar, só que agora não sei. Sinceramente é um dos momentos mais cruciais, e eu simplesmente, não sei.

Sabe o que mais me assusta?! Foi algo que percebi, que depois de uma grande decepção nós ficamos menos apegados. Mas de uma maneira irrisória, como se o mundo ficasse em segundo plano. Mas qual o primeiro?

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Assim diziam os poetas

A TV mais previsível do que nunca: as falas, os programas. E eu aqui no sofá, a sensação de dormência, como se tudo ao redor fosse básico, sem mera importância. Nada nem ninguém fala ou faz algo que tenha graça, algo que faça sentir outra coisa. É assim que ficamos depois de um balde de agua fria, não é!? O que a realidade é capaz de fazer! Quando o chão falta as paredes ao redor pouco importam. Quando falta você mesmo, os outros mal parecem existir.

Eu me pego em longos silêncios - maiores que os abtuais: observando a luz, o sol; prestando plena atenção em canções sobre continuar; não desistir; fazer o impossível, pois a vida não é fácil não irmão. São nesses silentes momentos que sentimos falta de como nos sentíamos "mal" antes, pois a maneira de sentir agora é desoladora. Nesses momentos é que fica nítido que sentir saudade pode ser doloroso, brigar com um amigo pode ser triste, perder um amor desolador... mas perder a esperança... á perder a esperança, é brutal.

"Se levante" dizem os poetas cantores; encontre um novo sentido, supere! Mas isso parece a mais perfeita forma de enganação. Encontrar desculpas pro fracasso, dizer para si mesmo que não é tão importante assim, quando na verdade é. Mentir para si mesmo, pra que? É preciso viver esse maldito "luto", continuar com ele, dando essa merecida importância. Era o que mais queria num longo prazo de existência. Por isso só se deixa pra lá quando ir de verdade, não por novos supostos desejos.

Um dia vai passar ou não. Um dia você vai olhar pra traz e dizer que foi melhor assim, ou então, se arrepender pra sempre por não ter se esforçado mais. Mas essa fase de se refazer, "querer outras coisas" para curar-se dos anseios, eu já passei. Coexisto ao que eu preciso, porque o que eu preciso mais é ser o que eu sou, e eu sou o que eu sinto. E é isso que sinto, falta de chão, desinteresse... e que as outras opções são ainda o que eram antes. Nem melhores, nem piores.

Adendo: Existe coisa mais down que retrospectiva?! Como se todos nós já não estivéssemos, exaustivamente cansados do passado. De sermos apegados.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Vinte e sete

Hoje é um dia muito especial. Engraçado eu nunca ter escrito antes no dia 27 ou sobre ele.


Há exatos dois anos atrás tomei umas das decisões mais drásticas da minha vida: depois de alguns meses já pensando sobre isso, tentando começar, finalmente tomei coragem e fiz aquilo que sentia que devia fazer. Era algo inevitável, algo que eu sentia que fazia parte mim.

Me sentia um pouco só, em dúvida, cheia de perguntas. Mas mesmo assim, esse mundo novo, cheio de questionamentos me chamava, pois a realidade estava insuportável, eu não queria mais aquilo pra mim, não podia continuar daquele jeito. Era uma necessidade minha de dentro pra fora, literalmente.

Por isso, em 2009 no dia 26 de Dezembro decidi que não comeria mais carne, e o dia 27 foi o primeiro dia em que não comi nenhum tipo de carne. E de lá em diante deixei de ter carne como definição de alimento.

Descobri um pouco sobre quem eu sou e porque vim ao mundo a partir desse momento: Vegetariana estrita há exatos dois anos.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

E agora não sei se estou vivendo uma eterna ressaca ou um eterno porre. Ta tudo muito doido. Estoy na má fase, mas empolgada estoy. Vou e volto, volto e vou.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Desamor

Hoje, mais do que nunca acordei cedo para que algumas coisas fizessem sentido. Para que alguns anseios e palpitações não tomassem conta de mim. Sugando-me, me deixando sem chão.

Como é ruim quando faltam palavras, quando o que sentimos é de tamanha imensidão, que a única coisa que nós parece possível é ficar quieto, exalado, esperando por horas melhores -, dias melhores -.

Mas pelo menos estou fazendo o possível, fazendo algumas coisas para que isso se vá, ou ao menos, transforme-se em algo mais suportável. As vezes penso que sei muito sobre algumas coisas que me afetam, ou que serão potenciais afetadoras, dai inicio as coisas com precauções. Mas de repente, eu já nem sei mais com o que estou lidando. Pouco faz sentido, nada eu sei. Já está inteiramente me dominando, me sugando. Existindo como uma parte minha que precisa das minhas energias.

E cá estou, com a previsível intensidade dessa coisa. Com a previsível e eterna dificuldade de lidar. Sei la. É uma desenergia, um desamor.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

My brother

Alguém sempre está aqui, sempre volta. Eu sou o lugar do qual ela sente falta. As vezes sinto falta dela também, mas - como tudo, quando está aqui não sei se a quero. O que fazer sobre isso?

Que difícil, por tanto tempo e ainda é difícil. Eu devia falar com meu amigos, pedir perdão a mamãe. Perdoar alguns, eu sei. E então, dirigir, dirigir... Mas acho que, apenas vou deixar tudo como está e dirigir pra lá...

Muitos anos, são milhões de dias. Alguns dias, são dois meses. Parte deles, igualmente pesados, vividos de silêncios e risos; e ainda haverão, descontentamentos e esperanças. E o que mais depois do que falta?

Voltar pra casa, as vezes? Ou não, esperar, pensar na semana passada, ontem a noite e ligar. Só pra conversar sobre o que nunca era dito na presença. Ser lembrado que precisa visitar. Pedir ajuda sobre as janelas e elogiar o sol que entra sobre ela. Discajem rápida, como tudo está, como aqui é interessante. Meio solitário, mas é só o inicio. Mês que vem, final de semana que vem, acho que vou pra casa. Acho que ela sente saudades também.

Como se muda uma vida? É preciso esvaziar antes a xícara pra por algo novo nela? Engraçado, eu nunca fui de deixa-la cheia -, sempre, bebi tudo. Sem profusão quanto as decisões, apenas, preciso que os caminhos estejam ai. Meu irmão já me mostrou a luz, de onde parto. O que preciso - deixar.

Não é precisa temer, tem coisas que deixamos, mas elas sempre voltam. E eu também, também sentirei saudade dela, em algum momento. Em alguns dos milhões de dias... Mas sem permitir, que isso impeça de seguir.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sendo

Eu sempre procurei ser meio diferente, andar por outros caminhos, observar outros detalhes, dar atenção para as coisas pouco notadas. Algumas vezes me senti boba, como se estivesse tentando ser uma idealista sem sucesso. Mas só depois de algum tempo passei a ver como era interessante ser eu, mesmo que não houvesse ninguém para dizer isso. Até que ai, de quando em vez, sentia saudade de mim, mesmo ainda sendo, eu sentia vontade de voltar há uma frase dita; viver de novo um momento de inspiração. Passei a sentir orgulho de mim, porque eu era tão eu que o resto do mundo não tocava minha essência, nenhum respingo. Eu passei a ser mais feliz, quando vi que eu mesmo me inspirava e que amava o diferente - e que ele era deslumbrante. Amava o diferente de todo mundo, das palavras, das pequenas coisas que constrói um ser. Foi quando decidi abraçar o caos, abraçar a todos e ir. Infelizmente eu ainda tropeço - as vezes me deixo levar. Mas abracei-o e, a cada manhã eu aprendo algo novo e me transformo, pra melhor, mais crítica, mais humana, menos preocupada com o que na verdade não é, nem nunca foi importante.

Sobre antes; fragmentos

❝Quando quiser ser, seja! Quando quiser ir, vá! Quando quiser voltar atrás, volte! Quando sentir que deve fazer algo, faça! Ninguém sabe melhor do que você o que você tem que fazer, quando tem que fazer e de que jeito tem que ser feito. Vá em frente. VIVA, com letras maiúsculas.❝ Caio Fernando Abreu

❝Você tem 13 anos de idade, depois 23, 33. O teu gosto pode mudar, a tua visão do mundo pode mudar, isso é bonito, mais o que não muda é tua essência. Por mais que o mundo diga que você ta errado, você tem você e uma força maior, que diz continua que você esta no caminho certo.❝ Criolo Doido

❝... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso.❝ Clarice Lispector

Diário do futuro II - Absorver-se

Como serão as paredes, as ruas, os cafés matinais. Sobre que luzes eu vou estar desfocada? Será que vou conhecer pessoas incríveis, alternativas; prontas pra abraçar o mundo, como eu? Prontos para fazer dessa época uma estigma de si mesmos. Mergulhar profundamente em novas coisas, absorver tudo e todos, com ânsia de sentir a vida e, metafóricamente, seguir como em uma poesia do Caio, Cece ou das letras do Criolo.

Não há um só dia, em que pelo menos algumas horas eu não imagine esse novo começo. Mesmo assim, pouco pensei como isso se formaria em relação a mim, sendo que teria que ser um pouco mais do que sou. Mas, pouco à pouco este quesito já se altera. Sim! Eu estou em uma espécie de metamorfose, só espero que todo o resto entre nisso também. Venha o novo e o velho mude.

Minhas escolhas por muitas vezes podem parecer inexplicáveis - quando questionadas. Porém, é mais um receio, pois elas são tão puramente ideológicas, sentimentais, de tal jeito que todas as minhas frases se terminariam em; eu sinto que é isso, sinto que, porque sinto...

E hoje em dia as pessoas não estão acostumadas à isso. É difícil para elas ver seriedade em sentimentos. Como se eles sempre as levassem para um abismo sem futuro. Talvez leve, mas não quando se trata de construir algo. Sabe, sentimento à longo prazo, formar-se, absorver-se, criar, amar profundamente o que está conhecendo. Como negar uma própria natureza... Eu seria hipócrita se não desse ouvidos a isso, isso que sinto.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Diário do futuro I

Pode ser meio estranho ter que suprir em um dia anos de espectativas, desencadear a partir dele, todo o resto. E dali pra frente, justificar anos de vida morna. Você consegue entender o que eu quero dizer? Entende por vários tempos sorrir, existir - com alguma esperança, apenas pelo que há por vir.

O presente sempre exerceu esse indulto papel. Mas aconteceram muitas coisas incríveis nele também; os melhores companheiros, abraçadores, bebados -,sem os quais, jamais saberia a magnitude espressa na palavra amizade.

Mas quanto a mim mesmo, sempre rodei dentro do meu coração, coexistindo com o que rodava na minha cabeça. Eu havia passado da fase de estar aqui. Eu sempre amei este lugar - de alguma forma, pelas pessoas dele, porém minha cabeça não descançava. Não era meu lar. Por isso, passada a neutralidade jovial - ou infância, sempre almejei estar em outro lugar.

É complicado estar deslocado e perceber que existe uma solução. Há, então um intervalo de tempo até chegar nela, o tempo de acumular espectativas sobre a ascenssão de si próprio. De melhores sentimentos, melhores visões; sem desamor. E você consegue compreender como é tão estranho estar próximo, porque sempre imaginei e, imaginação é tão happy ending, já realidade é tão... real.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Às oito, nove ou às sete



Não há nada tão doce como uma manhã, um café, uma brisa... nada como ter esperança, sentimento de recomeço; vontade de proceguir...

sábado, 26 de novembro de 2011

Ir

É o que eu amo. Então, por favor não diga nada.
Quando é sobre sentimento, as palavras só estragam tudo.


Não sei como expressar-me melhor, eu quero ir mais que tudo. Mas você, todos, a multidão fala e, de repente, as palavras destroem muito dessa certeza. Deixam me em duvida, em duvida sobre algo que preenche minha alma sonoramente. É intriseco e, ao mesmo tempo distante de toda a realidade. Eu devia ser mais forte quanto a isso, mas sempre tive esse problema com a inconstância. Convenhamos, ele estava certo -, eu sou insegura. Nem mesmo minhas certezas conseguem ser sustentadas quando julgadas. Eu me vejo essa pessoa forte, mas de fato ainda tenho muito a ir, pra ser.

Mas eu estou bem, sabe!? Estou reclamando, mas de fato não tenho essa certeza toda. Estou indo ser, sem saber, só por querer ser. Talvez, pudesse ser como hobbie. Mas sei que assim, será como é agora. Vou sempre deixar pra mais tarde, mais depois. E mais do que querer a mudança, não posso continuar sendo o que é agora. Preciso ser o que eu sempre esperei, por completo. Ou serei uma eterna frustração de mim mesmo.

Estou segura, estou preparada para ir ser. Prepara para perder se acontecer. Apenas sinto que preciso ir, ir ser. E não posso esperar as palavras de afeto, ao invés, destas que desencorajam-me, ninguém sente igual. Felizmente me permiti ser o que eu sinto. E sinto muito por quem pouco sente. Aliás, quem pouco vai atrás do sentir. Porque mais do que tudo é preciso ir.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Live and let die

São sete e dez. Lindo! A TV é inspiradora os sons são limpos, é como se fosse um outro mundo, outro lugar. Forte vontade de viver por aquilo que sente, com esperança do que ainda pode ser.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Manhã

Eu acordei, tomei café, como é difícil não fazer esse processo sozinha, mas hoje não, hoje foi diferente. As tonalidades eram cinzas e havia uma neblina semiperfeita, um frio deslocado, mas presente, tornando a manhã mais incrível do que já é por existência. Um café da manhã simples, rotineiro, só que ainda sim raro.

Poucas vezes me sinto tão bem quanto em manhãs, por isso me irrito tanto ao acordar tarde. Até um masoquista sente-se frustrado se tem tirado de si seu único momento de calmaria, sorrisos fáceis. Torpor de sentir-se livre de dor, anseios, com coragem. Aquela coragem que temos em começos, inícios, eu sinto nas manhãs.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ríspido e breve

Não lido bem com as pessoas me abandonando. Eu sou apegada de mais pra não sentir. Sempre sinto, sempre fico triste, sempre acho que nada será igual. E nunca é, pois, ninguém assim aparece de novo. Algo sim, vem e substitui mas é diferente, outra história, outros jeitos. Depois se afasta, se vai, me abandona. Assim, rispido e breve. E eu não lido bem, eu fico triste, carente, abandonada.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Passará

Eis que percorre um tempo de resquícios. Milhares de caminhos que surgem, mais que desaparecem. É necessário recorrer ao onipotente, pois, chega um momento em que de nada serve as coisas passadas pela sua vida, os desejos. Mesmo com tudo que sabes e aprendeu, não há respostas.

Esse vento que sopra empurra ao contrário, muitos percalços, muitas precauções. Mas você nunca consegue fazer isso certo, é natural, é assim que tem que ser. Se você não sentir nada com fins, ou, demorar a percebe-lo, então se quer foi especial. É humano sentir dor depois de uma felicidade plena, não querer o fim do que é bom.

Mas eu tenho um apreço por desistir, sempre acho que tenho cacife de ir até o fim, mas eu sou boa em desistir e, é isso que eu sempre faço, eu desisto! Penso que é tudo bonito de mais pra mim, que as pessoas precisam ter alguém expressivamente mais incrível, de uma forma que jamais estarei pronta pra ser, numa situação que jamais saberei lidar... É assim que desisto, enquanto penso que passará.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sempre mais

Meus olhos parecem mais atentos, mas minha alma está longe. Nada me incomoda, está tudo de uma claridade quase superficial, mas até que ponto pode ser tudo uma mentira eu não sei. Se bastasse apenas o que eu sinto, mas é sempre mais.

Eu preciso tentar parar. Me sentar e sentir o que é isso que vem, pois continuo me fechando, e toda vez que sou mais leve, eu volto a me fechar. Eu lido muito mal com o retorno seja ele qual for. Apenas o recebo bem quando é inesperado, quando não imagino e ele aparece. Do contrário, sempre espero outra coisa, sempre o que não vem.

Pra mim é muito difícil, ter esse contato com você. Eu não me sinto voando, é mais como uma caminhada - bem bonita. Assisto a mim mesmo esperando uma salvação, e talvez esse seja meu erro, as coisas mal começam e já aguardo impaciente uma salvação.

São estúpidas as coisas que eu penso e algumas que digo. Pra mim é difícil viver isso, ver as coisas acontecendo leves, tudo bonito, falamos e falamos e realmente tudo parece doce. Você faz isso, mas as vezes é ruim, ruim que tu se encaixe. Eu não sei lidar ainda com isso, talvez eu me acostume, todos se acostumam não é? Talvez eu só esteja com medo de mudar um pouco e depois você não esteja mais aqui.

Meio que intendo Clarice nesse momento, essa coisa de sentir-se estragada, não como algo ruim, mas com defeito. Essas coisas simples que não sei como lidar. Sinto que sempre tem algo mais, no que eu acredito pode ser uma mentira idealizada do que eu desejo. Queria que bastasse o que eu sei, mas não. Há mais, sempre mais.

domingo, 11 de setembro de 2011

Acho que gosto de você

Eu acho que gosto do seu beijo. Da paz que você me traz até em um domingo, até num dia ensolarado. É estranho adorar tanto sua presença, sinto que viveria bem tendo-a para sempre, fazendo qualquer coisa. Ela age, respira e me faz transpirar por si própria. Acho que gosto de você! Sim, gosto de você e me apaixonei pelo seu beijo, gosto dele, gosto da sua presença, do jeito mais doce que posso querer e gostar. Então, acho que gosto de você lindinho. Acho que sim.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

No mais tardar

Eu vejo a personificação própria do alguém que eu amo profundamente, tornando-se alguém que eu repúdio. É inalterada a intensidade como minha cabeça vai e volta, tentando imaginar as razões: como isso pode estar ocorrendo, como não parece nenhum pouco justo, para ela, para mim, pra vida.

Ela está se tornando um ser que me machuca a todo instante, com gestos, palavras e eu mal sei o que fazer para mostra-la como a vida ainda é bonita aqui, estando do meu lado, sorrindo comigo, caminhando em busca das coisas diferentes; mais engraçadas e interessantes. Pra mostrar a ela como era certo aqui e, agora, ali daquele lado, mais longinho de mim - de nós, ela parece outra pessoa, com novos olhares, novas vontades; menos bonitas, pouco interessantes.

Lembra daquela musica amigo,
Se você vier aqui, eu direi tchubaruba
Se você estiver "pra baixo", eu direi tchubaruba
Se você não sabe onde eu estou, eu estarei tchubarubando

Agora, tchubaruba you go...

Pense no mais tardar, no amanhã. E, é amigo, não faça isso... amanhã as distâncias podem ser tão grandes e, as mágoas, mesmo que devidamente perdoadas, podem ficar restritas a uma ou duas palavras, cada dois ou três meses.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O que é ? O que é.

É tão estranho não suportar o fato de estar acordada, de não poder simplesmente acabar com tudo isso que acontece agora. É uma sensação de inexistência que eu jamais poderia imaginar sentir, eu mal posso distanciar as coisas, está tudo entrelaçado aqui. Perdi todas as minhas habilidades de proteção.

Eu acho que poderia chamar de carência, sensibilidade - essas coisas, ou, poderia usar aquela palavrinha forte, a qual não quero taxar, nem extremizar nessa situação - por ser muito especial pra mim, mas é difícil sentir a falta. O vazio e a falta são muito estranhos e, extremamente dolorosos.

Nada do que eu pense ou tente fazer afasta isso que sinto agora, não é como nunca ter passado por isso antes, mas estou sentindo de uma maneira mais intensa, menos suportável. Queria poder parar com isso de qualquer forma, ver o brilho... e todos os clichês de superação, mas de novo estou , por motivos diferentes agora.

Os dias estão aleatórios cada amanhecer é pior que o anterior, como posso dizer isso eu que adoro as manhãs... Os diálogos estão lindos, mas estou numa situação de dependência profunda, isso de nenhuma forma pode ser bom, ou, pode acabar bem, porque é fato que em algum momento um dos lados desistirá e, não será o meu, o que é pior. Queria apagar e acordar sem isso, acordar sem esse vazio e espera, porque estou me transformando em um ser desesperado sem nada, sem mim. Mas e o que é isso?

O que é.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Fragmentos

Eu tenho medo de as vezes passar imagem de alguém deprimido, mas paro e percebo que tenho ainda mais medo de não passar a minha imagem, a imagem de quem eu sou. E acho que eu apenas torno-me cada vez mais essa pessoa que sente, sente e expõe no mais alto grau possível. Sente e expõe.

Eu passei alguns dias naquele mundo escuro, do qual todos estamos uma vez ou outra; decepção ou outra, desamor ou outro. Mas nesse momento cabe uma plenitude, com alguma alegria, pela quilo e por alguns escritos que me fizeram sentir tudo aqui desse lado - do lado de dentro - cheio e completo.

São breves fragmentos meus, mas mais do que nunca sinto e preciso expor. Por que fragmenta-se de uma forma linda e doce. Não sei o que é isso, apenas sei que não tenho preça que acabe. Não quero extremismos e nomes, só não quero que se vá, mas se em alguém momento tiver que ir, que demore - por favor. O mundo anda mais bonito por aqui, eu até durmo bem agora. Sorrio facilmente e, me desespero de vagarinho, aos poucos... quase nunca.

Não posso mentir... ainda sinto a falta do meu telescope, mas o que é isso tão simplista, que me leva a poesias fáceis? O que é isso que se junta sem expectativa? E ao mesmo tempo espera algo, toda noite aquele mesmo diálogo. Algo que deixa o telescope de lado, não inexistente, mas de lado, criando um novo mundo, um novo sentido.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Tem uma janela bonita na varanda da minha casa

Como é interessante acordar sob esse clima frio e cinza. A cozinha doce e gelada. Ligo a torradeira, abro a porta da pia pego o café, coloco na cafeteira. Abro a janela e respiro a neblina tentando guarda-la pra mim.

Ligo a TV, coloco no 24 e penso "vamos lá, primeira musica da manhã". Tudo está tranquilo, sereno como nenhum dia ensolarado ou quente pode ser. Sem igual. Alguns minutos depois minha mãe acorda também - vai direto fazer fogo em dias assim. Ela sai do corredor rindo, esfregando as mãos, assoprando-as. Ela é tão engraçada as vezes.

Uma vez ou outra é mudada as ações, mas em geral são essas ações aleatórias que fazem meu dia começar bem. Que me deixam feliz e inspirada. Eu preciso de bem pouco pra que tudo esteja bem, mesmo que seja momentanêo. Mas em geral é assim, se eu fico triste sem perspectiva eu lembro.. tem uma janela bem bonita na varanda da minha casa, e já acho tudo interessante, a vida bela de novo.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Menos nada

É tão difícil ser a pessoa que eu preciso ser. Sabe como estou resolvendo, saindo de vez daquela minha dor antiga da desilusão? Me metendo em outra, mais as cegas ainda. Menos possível.

No jogo de possibilidades, julgando pelos fatos e diálogos a de agora esta mais pra, vamos ver, nada, espera! Tá mais pra menos nada. Mas se tem uma coisa que aprendi até hoje é ir, esperar e pensar de mais nunca me ajudou, nunca me levou a nada.

Nada, nada e mais nada, prefiro esse menos nada ai, que pelo menos me causa uns arrepios, umas felicidades, uns nadas cheios, sem vazios ou telescopes quebrados. Não é nada, mais é inteiro. De verdade. Como se eu estivesse fazendo a mesma coisa, mas sem repeti-la.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Quarta

Estou levando a vida, com doses de Clarisse Corrêa ali, uma filosofia miúda, e a pertinência ousada e brilhante de Paulo Coelho por aqui... estou me esforçando pra levantar e ir, o máximo.

Classifico os objetivos, peso os fins. Mas será que temos que ser tão objetivos, práticos, se os sonhos são tão imaturos e viajantes. E sabe "Um sonho morto pode se tornar uma maldição."

domingo, 7 de agosto de 2011

Sunday morning

Estou triste e não consigo acreditar em mais nada, eu sinto algumas coisas mas não sei se posso acreditar nelas. Talvez eu esteja apenas chateada - as pessoas confundem chateação com tristeza, eu também posso estar confundindo.

Os objetivo são tão claros que acordei e me assustei de uma maneira inimaginável, o caminho está assustador onde costumava encantar - ainda encanta -, mas agora o lado assustador esta maior, esta crescendo. E o mais assustador de tudo, não estou fazendo nada pra impedir.

Está se afunilando todas as relações estão, todos estão se transformando - eu pareço estar imutável, mas é difícil se auto-definir, o que eu vejo é que eles, todos estão em uma versão católica do que eram. Com isso fiquei mais gélida, talvez tenha sido eu que parei de importar-me e então sobrou apenas isso, o elo de sempre. Mas agora vejo que ele é fino, frágil.

Está tudo muito traiçoeiro, como jamais me senti antes, estou no auge do furacão. Na linha de saída, amedrontada pela sinal de partida. Apavorada com tudo. Não com os obstáculos, mas por poder estar na pista errada.

domingo, 31 de julho de 2011

Presente, agora

O revés ataca de todos os lados. Quem eu sou? E você, quem é pra saber disso. É difícil fazer isso, achar que não vale a pena o que está acontecendo. A felicidade momentânea não esta sendo um preço justo. É difícil perceber isso ou dizer pra si mesmo.

Mais do que tudo quero ficar sóbria das ideias óbvias. Estou exausta das parcerias e convivência, quero os amigos, as amizades verdadeiras, quero as pessoas que me tornam algo proximo de bom.

Por algum motivo sinto que os planos darão certo, que eu irei e que tudo fará sentido. Estou esperançosa pelo futuro. O presente está me deixando desconfortável. Por isso vou destornar algumas coisas.

Eu sou tão sentimental as vezes, como agora nessa semana que quero tanto visitar minha cidade natal, como amei estar na casa da minha avó. Como quero mudar algumas coisas e tudo isso baseado no amor, nas coisas que estou sentido, algumas até inexistente no físico.

O revés está desbancando minha frieza. Talvez seja isso que eu sou. Mas está difícil, os pesos e as medidas não estão compensando e o mundo não esta mais em sintonia, mas vou fazer algo. Comer paquecas e fazer algo.

sábado, 23 de julho de 2011

Mas

Amigos são adoraveis. Mas eles se vão. E impedem que você vá.

Destroem-se os planos. Mas eles são tão adoraveis que te deixam ir, mas você já não pode deixa-los.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Recomeço

E depois de alguns dias, finalmente consegui acordar cedo. Espero que o dia valha mais a pena.

Não era por falta de vontade que acordava tarde, nem por cansaço... Eu dizia que queria e precisava acordar cedo, mas por dentro eu já não tinha motivos pra - acordar - levantar cedo. E não é que tenha agora também, mas hoje é sexta, é um dia que todos tem esperança e sentem-se felizes. É um dia pra recomeços. Venho repetindo essa frase a algumas sexta-feiras, mas hoje é diferente... hoje já comecei diferente, favorável, aspirando recomeços.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

...

Se eu tivesse ficado séria, se meu sorriso saísse mais cativante... Se eu tivesse ficado de pé ao invés de sentar-me.... Se eu tivesse observado de uma maneira diferente, ter dito tchau ao invés de desculpa... Se eu tivesse dado dois passos pra cá invés de pra lá. Se eu tivesse feito diferente qualquer coisa, seria diferente, alguma coisa? Sou eu ou é você, eu sou desequilibrada ou só somos uma história sem química...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Bonjour madame, s'il vous plaît.

Volta e meia acontece isso. Acho que é o inverno, ele me deixa muito feliz! Apesar de um frio extremo ele está formando uma paisagem linda... Sol que aparece depois das onze, por causa da neblina, bebidas quentes, muitas roupas, fumacinhas saindo da boca... é inspirador.

E ao mesmo tempo inverno traz uma nostalgia, incompreendida. Não é nenhum fato aleatório, atividades.. nada! É só... como posso dizer... um ar do passado, sem nenhum fato lembrado, só esse ar, que traz algo do ano passado. Dos anos passados.

Eu tenho falado muito sobre o passado, penso que a resposta seja o inverno, ele realmente me enche de uma nostalgia, que não compreendo, mas absorvo como uma parte minha e muito feliz. Fico em um estado pleno de paz com tudo isso. Talvez seja por isso que eu prefira o inverno ou porque eu prefira é que fico assim...

Bonjour madame, s'il vous plaît.
O que você vai querer? Inverno pour la journée.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Hometown

A contingência dos ventos, a intervenção dos sentidos. Dos sentidos que eu sentia e achava bom. Mas no fim eu não sabia.

Eu ia para muitos lados, criava muitas imagens. Dizia coisas que hoje não quero nem perto da minha memória, quero apagada das minhas lembranças. Eu vivi as coisas mais inesperadas sem saber que eram assim.

Era meu mundo e parecia normal. Parecia simples e perfeitamente normal, até de mais. Hometown, senti sua falta, chorei de tanta tristeza quando sai de lá. Mas hoje, como vejo tudo diferente, felizmente - com o mais sincero dos suspiros de alívio, cresci, felizmente - com o mais sincero dos suspiros de alívio, eu sai de lá e conheci coisas que me tornaram tudo que eu não seria se tivesse ficado lá.

Hoje me sinto, extraordináriamente sortuda pela intervenção do destino. Por ver as coisas ruins, ter descoberto que minha vida é tão incomum quanto qualquer outra. É uma vivência inquietante, tenuente entre ruim e bom, mas que agora exaura num lugar diferente, numa pessoa muito diferente. E alíviadamente, ainda bem.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Olá estranho!

Olá estranho! Os dias andam perenes. Cada cantarolar e tic-tac soa diferente e um pouco lento, confesso. Mas isso é um mal do tédio, estamos em posição de querer que tudo se acabe devagarinho. Todos sentem falta desse tempo, por que todos sabem que é assim e depois não será.

"Nunca entendi como sempre fui desentendida sobre muitas coisas mas sempre me senti a vontade pra falar sobre falta..." De todos os lugares bonitos por onde passei, os que permaneci... São lembranças e faltas que carrego, que carregarei. Mais ainda das pessoas bonitas por quais já passei, mais ainda das que permanecerão - amo a todas elas. Mas de tudo eu sei do que mais sentirei falta. Da familiaridade.

É um pouco difícil ir, mas o difícil mesmo é não estar. A falta por algumas vezes - poucas vezes, quase me matou, só que eu tenho sonhos e visões bonitas sobre mim mesmo e essas faltas. Sobre mim mesmo e o que virá através do universo. E agora é um momento que pra viver eu preciso ter algo pra seguir. Por isso decidi lidar com o não estar, usando como atenuante o retornar.

Pode ser difícil ir, mas é muito mais difícil e triste não seguir seus planos. Eu tenho que ir, mas sempre vou lembrar de retornar. Meu coração quer seguir alguma coisa. Chegar á um lugar bonito e estranho. Pra depois sentir vontade de retornar. Há aquele lugar familiar das pessoas bonitas, das pessoas bonitas que permanecerão...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Eu ando resistindo... Por mais que não haja nada que eu deseje mais, eu resisto e não consigo dar o próximo passo, aquele que muda tudo, que segue em frente.

terça-feira, 14 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Afaste-se

Existe um momento em que você sente que precisa ficar em contato com você. Em casa, ou fazendo coisas. Entender-se. Decidir o que quer de tudo e, de tudo que você fez ultimamente. O que deve ser rê considerado, mudado ou apenas, não repetido. É um momento que em algum instante passamos.

Afaste-se. É para mim, para você, para meus pensamentos, minhas - recentes - atitudes, para a pessoa que passa do outro lado da rua, para meus amigos, minha mãe, minhas coisas. Ou só uma palavra, só alguns giros na minha cabeça, algumas ideias que eu havia construído. Mas agora esse contado, os arrepios e fantasias, as decisões. Afastem-se. Mudei aqui e ali, reconciderei muitos planos, coisas. Coisas, algumas, que não mais se repetirão.

Houveram surtos e mais surtos, mas eu tenho um farol, um foco, então fiquei meio cansada de surtar, eu decidi simplesmente, abraçar o caos. Ir, sem pensar muito, se até hoje certas coisas ainda me inspiram eu ainda preciso dar ouvido a isso. E vou dar.

Ainda me emociono pelas mesmas coisas, ainda levanto todos os dias pelos mesmos motivos.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dia seguinte...

Muitas coisas aconteceram no fim de semana passado. Uma imensidão de acontecimentos e situações... E no outro dia eu acordei diferente.

Eu acordei, fiquei pensando... eu estava diferente e, percebi, aquelas coisas não iriam passar só depois que todos os sentimentos se fossem. Eu precisava decidir seguir em frente por minha causa. Quando acordei eu não queria mais acumular frustrações. E assim foi...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quantas vezes por dia isso passa pela minha cabeça. Quantas vezes eu vou e volto. Me aconselho, escrevo coisas por culpa desses momentos efêmeros de uma suposta racionalidade. Uma inexistente, eu sei, você sabe, todo mundo sabe. Do contrário, eu não digavaria tanto na espera de uma mudança pela qual vivo e acordo todas as manhãs.

Gostaria de mais atitudes profundas, e um quem eu sou mais direto, menos palavras estúpidas, e só desejos que se acumulam dia após dia. Quanto mais eu luto para ter esperança sobre mim, sobre o mundo, sobre as pessoas... mais sinto que não há. Que um lugar melhor num futuro próximo, não está escrito.

Há pouco do que falar e muito do que escrever. Mas... sobre o que? Escrever sobre o desconhecido? Tudo que escrevo é cheio de "não sei" e "porque". Sou uma extremista ambulante, vivo uma repetitiva tentativa de mudança, que nunca coloco em ação. Meu pensamento começa com inspiração e no fim tem meu eu, sem perspectiva. Se eu fosse racional eu faria mais, esperaria menos... muito mais, muito menos.

Quero ser meu herói de cada dia, o pseudônimo de mim mesmo. Mas sou um clichê. Sempre com as mesmas palavras e mesmas atitudes, sem respostas. Um clichê que vai e volta, irracional.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Você quer beber?

Acho idiotice as pessoas que pensam que os outros bebem pra esquecer os problemas... Eu bebo por que sinto necessidade de me sentir da maneira que o "bêbado" me faz sentir.

Quando você esta mal, triste e incomodado com alguma coisa, aquilo tudo fica preso em você. Você não consegue tirar coisas da cabeça. Tudo que vê, o leva pra mesma coisa. Um circulo vicioso. E você por mais que tente, não consegue saber do que precisa. Do que precisa fazer, dizer a si mesmo.

(Então)Uma garrafa de vodka depois... você pode já estar bêbado, começando ou já loucamente correndo, ligando pra sua lista de contatos inteirinha, chorando... Mas, finalmente, você está sentindo algo, transformado em físico e real, aquilo do qual não dava pra reconhecer, que destruía de dentro para fora; silencioso, com uma indiferença dolorosa, da maneira como só a indiferença pode ser.

Você quer beber? Eu, eu só quero sentir algo. Seja lá o que for.

domingo, 8 de maio de 2011

Por que?

Não, eu não estou bem, estou "tudo certo". Não, eu estou bem e só não está tudo bem certo...

É que eu nunca vou conseguir me desculpar. Não é falta, definitivamente não é amor, é só que em um momento inesperado veio algo fácil, interessante, feliz. E nunca sairá da minha cabeça que eu coloquei tudo a perder, que se não tivesse acabado as coisas poderiam ser diferentes. É só que algumas coisas faziam sentido naquele tempo. Essa culpa me coroe...

Tem muita coisa na minha cabeça, estou definitivamente perdida e tem todo o resto... A questão de tudo...

E, e, e, e por que?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Quinta ou sexta, no mais tardar...

Me sinto um pouco ofegante... Hoje foi um dia em que um turbilhão de coisas passaram por mim, mas como à muito não acontecia - ou como nunca aconteceu - permaneci sentindo-me da mesma forma da qual acordei hoje de manhã. Precisando incluir ainda novas coisas, sem alterações, apenas integrando. E boas coisas, eu acho.

Bom, eu precisei criar uma laranja, tecnicamente com algum teor alcoólico, mas o que importa é que as coisas aconteceram na minha cabeça, na minha visão, em tudo. Não está tudo em sintonia e estabilizado, porém, não está muito longe disso. É, está tudo bem, e dessa vez não é uma tentativa escrotal de fingimento, alter ego ou sei la.. eu realmente, "to legal".

Ah, que bom a sensassão de respiração, fácil, normal...

Só mais um breve clichê...

Se você se afasta de alguém, e esse alguém mostra-se indiferente com relação a isso, então você fez a escolha certa.

domingo, 24 de abril de 2011

Por agora...

Aconteceu de novo. Não sei mais como fazer para evitar. Em um momento estou firme, inabalável, um segundo depois, completamente perdida e desequilibrada. Instável.

Confesso que eu me entrego fácil, no fundo existe uma parte minha que não quer que acabe. Então, eu preciso sentir... nem que seja um sentir triste, de saudade e arrependimento, eu preciso sentir qualquer coisa, pra mostrar que aconteceu algo, que algum dia aconteceu. Existiu e foi "verdadeiro".

Mas eu não posso mais fazer isso comigo. É uma coisa que ninguém deve fazer. Não vale e não muda nada do que está acontecendo. Cria apenas lembranças agridoce. Algumas tão felizes que são interrompidas subtamente pela realidade.

Agindo assim, como se tudo fosse como antes, só me submeto a sessões de desespero, que num momento irão se tornar insuportáveis. Mas ai já vai ser tão tarde, que aceitar que dessa forma não pode continuar, que tem que acabar, será ainda mais difícil do que agora. Sem falar, das muitas coisas que podem ter sido colocadas de lado, deixadas pra traz em nome disso, disso que não tem sentido e só traz tanta desesperança.

É uma estrada complicada, não é pratica como julguei no inicio. Mas pouco, à pouco vou descobrindo o que devo fazer. Por agora, sei que continuarei sentindo tudo isso, sem deixar afetar o resto. Por agora, acho que só preciso ser mais feliz.

sábado, 9 de abril de 2011

Contínuo

De todas as coisas que eu esperava para aquele dia, aquilo não era uma delas.
Me peguei completamente despreparada e vulnerável. No inicio tentei compreender de outra forma, mas eu estava tão magoada, sentia tanto, mas tanto que não assimilava, nem queria pensar no que aconteceu. Fiz uma escolha na minha cabeça e parecia tão certa e fácil de aceitar. Claro, eu estava completamente anestesiada. Só pensava nos danos a mim mesmo. Por isso achei que nada era mais importante do que me "ajeitar". Só depois pude ver o quanto me importava e, que sentia algo que era maior que meu orgulho ou qualquer outra coisa que já senti.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Brevis

As vezes continuo sentindo-me traída depois que perdoo... Mas pensando bem vejo que o peso é para quem sente-se o traidor, e só o que preciso sentir é que perdoei verdadeiramente. Então não há peso algum.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Tecnologia da morte

Comparativo complacente, inquestionável. O que eu vejo é a história ironicamente se repetindo. Como se estivessemos na era pré constituição, na Alemanha nazista, na corrida armamentistas em meados de 1900, antecedendo a primeira grande guerra mundial.

Como se explica a existência de ditadores no poder, lutando de todas as formas contra sua própria população, destruindo patrimónios e famílias os quais deveria proteger. Entregando armas a civis aliados, para uma batalha contra os civis rebeldes. Depois de tantos anos de luta em prol da liberdade é muito, muito triste ver essa realidade.

E a mais primordial das ironias, o medo da contaminação atomica, as comparações a Hiroshima. Eu me sinto completamente enojada, ao ver a hipocrisia mundial. Vamos a os fatos; a existência de usinas, o perigo constante, uma bomba criada no quintal de casa; Um desastre natural, a incapacidade do homem em relação as forças naturais e o pior de tudo, com relação a suas próprias invenções. Hiroshima 1945, uma corrida armamentista travada anos antes. Armas nucleares o trunfo das super potências. Uma bomba corta o céu do Japão, gerando uma das piores catástrofes do planeta; pessoas inocentes, mortes, sequelas e destruição. Tudo isso a troco de um "cessar fogo" vindo do imperador-divindade Hiroito.

Sinto-me profundamente envergonhada de fazer parte dessa espécie de primatas que planeja o extermínio da sua própria espécie. As tragédias que vem ocorrendo e esse medo nuclear, para mim, remetem a destruições já ocorridas a séculos atrás. Mas que ao invés de fatalidades foram, perspicazmente estudadas e, com total conhecimento das consequências, executadas. A energia nuclear é a tecnologia da morte.

domingo, 20 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

Pra não dizer que não falei das flores

Sim tenho esses momentos de felicidade instantânea, alegria de graça. De repente todas as coisas ao meu redor, tem o sentido que elas deveriam ter quando se postaram aqui. É nítido que está tudo sobre um novo olhar, nesse inesperado novo sentido.

Eu estou feliz, porque preciso tomar decisões que vão me mudar radicalmente... Tem sido horroso e doloroso, mas optei por começar pelas coisas pequenas - não menos valiosas - tem dado certo, e o mais importante; optei por fazer. É fácil ficar aqui e "pá", mas já cansei do sofa, das mesmas paredes, das mesmas nóias.

Quero mesmo é novos problemas, novos começos. Chatiadamente sei que essa brisa boa irá, facilmente como veio, mas nada vai mudar. Estou feliz porque vou fazer, ao invez, de ficar deprimida por ter que fazer. E, por isso vim aqui; pra respirar e pra não dizer que não falei das flores...

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Black Swan


- Eu me senti...
- O que?
- Perfeita. Foi perfeito!


Cisne Negro me deixou atônita. É deslumbrante!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Deslocamento

Nitidamente, agora pareço estar a ponto de abandonar algumas ideias. Estou exaurida, transbordando, quase explodindo de tanto sentir. Foi só o que fiz nos últimos dias; sentir e pensar. E eu, sinceramente, não aguento mais, isso está consumindo cada parte de mim, só restando a angústia, a dúvida, a não certeza de que em algum momento vou deixar de estar aqui.

O espaço que me circunda, que permite o movimento em vários níveis sem deslocamento do mesmo lugar: para baixo, para frente, para trás, para os lados. Na minha cabeça, nas minhas vontades eu já fiz, já tomei a decisão. Mas, então a realidade vem com um sopro forte que derruba tudo, mostrando-me que eu ainda estou aqui parada, sem fazer nada, só imaginando e achando que está tudo bem.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Presença

Após; pouco, a pouco tudo foi vindo, os sentimentos mórbidos, a ausência, um oceano de silêncios e o inrespíravel, do que pareceu ser um festival de evitações. Uma não certeza incomoda, um não saber que só se fez sentir mais.

Pouco, a pouco depois que fui superando certos fatos, os secundários que eu havia deixado de lado - que achava ter decidido e superado, pratica e friamente, estavam aqui gélidos incurados. Toda minha frieza e praticidade se esvaíram como se fosse tudo falso. Eu não era forte, não era pratica, eu não tinha superado, e não acreditava e nem queria o fim. Mesmo que ele estivesse ali presente, estancado, escancarado eu não acreditava na sua presença.

Eu sei que tudo que sinto agora, que parece imensurável, pesado, tão doloroso de carregar pode se acabar fácil, com poucas palavras até... é pequeno, só que não é irrelevante, venho sentindo-o como um buraco que está me puxando e, então se dispersando, puxando também tudo ao seu redor, estragando o resto. Esse pedaço de nada estragando cada pedaço de tudo.

Derrepente, é como se uma enorme mudança houvesse acorrido, num instante eu vejo certo e no outro estou completamente enganada. Não sei nem que fazer com as lembranças, porque eu perdi algo que nunca tive de fato - não aqui nesse mundo, não dito em voz alta. E, é exatamente isso, estou sentindo muito para algo que não deveria ser, absolutamente nada... eu nem lembro de outra ocasião a qual tenha lamentado tanto, ou que tenha sido tão dependente de uma presença.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Parte sete

Dizem que bons livros são os que falam algo do qual sentimos como se fosse dito especialmente - quase em segredo, particularmente para nós...

Verzeihung - Perdão:
Parar de sentir raiva, animosidade ou ressentimento.
Vocábulos correlatos: absolvição, indulto, clemência.


Schweigen - Silêncio:
Ausência de som ou ruído.
Vocábulos correlatos: quietude, calma, paz.

"Agora, mais do que nunca, o número 33 da Rua Himmel tornou-se um lugar de silêncio, e não passou despercebido que o Dicionário Duden estava completa e profundamente errado, em especial nos seus vocábulos correlatos.
O silêncio não era quietude nem calma, e não era paz."

Nachtrauern - Lamentar:
Sentir uma tristeza carregada de saudade, desapontamento ou luto.
Vocábulos correlatos: penalizar-se, arrepender-se, prantear, contristar-se.


A menina que roubava livros, Mark Zusak
PARTE SETE O DICIONÁRIO E TESAURO DUDEN COMPLETO

sábado, 1 de janeiro de 2011

First day

Sob os novos planos, sobressaem-se os velhos; Por que algumas decisões se modificaram, porque alguns planos se transformaram. Porque agora há outros rumos, mesmo que as vontades tenham se mantido intactas.

Eu costumava fechar os olhos e refletir, construía os cenários, as pessoas, meus próprios sentimentos. Era o que eu queria, eu era consciente de todos os sacrifícios, mas era incondicionalmente o que eu queria. Um desejo narcisista, irrevogável... ou não.

Agora eu paro e costumo tentar achar o momento exato em que tudo mudou; Os planos, os rumos destes planos e porque. Mal consigo me mover nestes novos caminhos. Eu tento lembrar em que momento as ausências começaram a ser presentes, presentes e duras de mais para as decisões. Duras de mais para não modificarem nada.

É muito claro que sou alguém que escreve muito, mas que não sei nada por inteiro, só a os pedaços, a os lapiços. E não é ruim, mas é preciso ser desapegado, deixar estar. Por isso, o que eu desejo deste primeiro dia e dos outros é poder tocar e soltar... Que tudo se desapegue para que, então, eu mesmo possa pegar e ir ser o que tiver de ser.