segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Stuck in reverse

Estou me sentindo meio invadida, uma linha atenua do ser para o não ser... Na verdade, talvez é algo maior... Do que eu tenho e do que estou perdendo de mim mesma! Estou, de todas as maneiras, tentando segurar isso. Me agarrando a cada fio. Cada lembrança e palavra. Como se, derrepente, eu descobrisse que a dor é uma parte de mim. Não é só algo que eu sinto, que faz todas as horas passarem lentas, uniformes. É sobre mim. Sobre todas as minhas palavras. A maneira como meu eu soa, é a maneira da qual eu sou com a dor. Próxima ou incrustada em mim, eu sou mais real sofrendo. Só sou eu, com ela.

Infelizmente, hoje está um dia de sol. Um daqueles dias em que ele esquenta alguns espaços, em meio ao frio. Mas, o que eu gosto mesmo são dos dias cinzas, doces e calados. E, nem mesmo pensar que estes dias passarão logo, me deixa triste. Meus deliciosos dias, se indo... Hora á hora, minuto á minuto. Não há mais, nem semanas para aproveita-los. Acho que é, pelo o que aprendi. Muitas frases e leituras me ensinaram coisas, que levarei comigo, coisas que eu nunca vou esquecer. Coisas que eu descobri, além da dor, que também me formam.

Um tempo confuso pra mim. Pior do que não estar bem é, não saber o porque do que sente ou você nem mesmo saber como está. Apenas, sentir que não é verdadeiro. Eu sempre fui frágil quanto, a os relacionamentos. Sempre foram doces e breves. O que com o tempo foi me calejando. Eu já nem mais sentia a mudança dos estados. A uniforme de sentir a dor, do não retorno. Eu simplesmente, sentia... uma após a outra. Curando com o mesmo remédio - errado, só acumulando.

Eu sabia que acumulava, que era uma cura falsa, mas eu precisava sentir. Meus dois momentos; revolta, não crença do que acontecia, e, aceitação. O prazer na minha própria dilaceração, de algum jeito.

Hoje quero que seja o meu dia do silêncio. Vou fazer de tudo para sentir algo verdadeiro. Sentir a mim mesmo, como já senti antes, e, também de uma maneira nova. Eu tenho meus ideais, minha mala vermelho verniz, com tudo o que já aprendi. Eu posso falar, mas o melhor de mim é o que eu sei, é o que eu acredito, é o que eu quero sentir e isso eu tenho calada. Por isso, hoje eu posso falar, mas vou ficar em silêncio. Não há nada que eu possa fazer contra mim mesmo, eu busquei isso. O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo. E tudo isso, apenas, por mim.

Pode parecer egoísmo, mas é só a auto-proteção, meu individualismo necessário, na busca de tudo que eu sou. Na luta 'contra' quem diz que me intende mas nunca quis saber. Minha tristeza tem a companhia da dor, de todos os meu respingos, cicatrizes, angústias. Mas minha felicidade não. O eu feliz, é sem esperança. E isso, me destrói, me isola. Não faz sentido. Como se eu não quisesse que passasse. Como se eu não quisesse superar nada. Eu estou presa ao contrário. Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Eloquência e paixão

Seguindo por um livro, algo sobre a transvaloração dos valores, segundo Nietzsche. Eu sei que agora estou sendo completamente injusta ao dizer que á muita história sendo contada - nada de histórinha, sobre história mesmo - antes de, realmente, chegar ao ponto Nietzsche - titulo qual me fez pegar este livro na biblioteca da escola.

Uma coisa na parte da 'história' me chamou a atenção. Mais precisamente este trecho "Escrevem com eloquência e paixão"... Como escrever com eloquência e paixão?! Concerteza deve ser praseroso e espontâneo. Algo que apenas a literatura não nos ensina. Nasce-se com isto. E a literatura o aperfeiçoa. Eloquência e paixão, como a vida e o frémito de um texto. O que o torna obra. Dá delicadeza. Transforma letra em poesia, história em encanto... Fascinante!!!

Realmente em mim soa verdadeiro de mais. Como ser eloquente, sem ter sentido tudo que descreve e diz. Como sentir paixão por um sentido que você não apaixonou-se. Os dotados da magnitude, da doçura e persuasão do teatro. Do verdadeiro, que sabe sentir, apenas, lendo o momento que deve ser vivido. Serão estão escritores, filósofos que escrevem com eloquência e paixão, maravilhosos amantes do teatro?! Em sua alma ressentida, maravilhosos atores dos seus momentos escritos. Isto só os torna ainda mais seres fascinantes...

Ou talvez, a introspecção de escrever, não lês dê aquela espôntaneidade na frente de seus 'leitores'. Talvez seu único palco seja a alma. Mas quem pode julgar a eficaz de um ator? A quantidade de pessoas na sua plateia... Não creio nisto, verdadeiramente.

Uma vez eu ouvi "Começar á escrever e continuar é muita sorte. Escrever para si mesmo é paixão." Talvez, escrever por si só seja escrever com paixão. A eloquência, vem dos que são atores expostos. A não eloquência fica para os que deixão sua peça para si.