quinta-feira, 1 de abril de 2010

Inconstância

Algo que eu sentia constantemente, que me sedetarizava, dilacerava, permanentemente. Como se nunca fosse capaz de partir. Me dominava a cada nova história, cada milímetro de memória, de sentido, de sobriedade. A cada dor sem sentido. Desespero por ausência, a impotência da não existência, o medo, a escuridão da não realidade, neblima do real, do mais real possível. Essa instância entrelaçada, amarrada, a essa pergunta, a essa inconstância essa não certeza. Tudo que eu sentia, o que eu não queria, e, depois queria sentir. O muro entre ser aqui dentro e não ser ali fora, a fraqueza do não controle, a imaginação da não existência, tentação do não ser, achando, que é! O colapso do desprezo, o desespero da dor, de novo, a impotência, o fim, de todo, de tudo, da inspiração, do restante da única coisa que existia. A frustração de começar algo e mudar tudo. O ódio da persistência, o medo do esquecimento, da dilaceração, que dor, que dor. Porque tudo esta, esta exatamente assim. Não á fim, pois eu continuo sentindo e não é nada disso. É algo que minha alma esquece, ela mesmo tem medo de sentir, como eu, ela jamais me contará tudo. O que é isso, toda essa perdição, tudo isso que se tranca em breves momentos e de repente vira toda essa desolação, frustração, sentimento sem fim, sem nada, sem nada, sem dor... é sentido eminente, um instante que está fechando tudo, provisório ou permanente. É só uma dúvida, como cada dia de todo esse sentimento. Uma inconstância, despertar mas sentir a escuridão, como se ela nunca ouvesse passado.

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