terça-feira, 9 de novembro de 2010

Futuro

Daqui a alguns anos, bem poucos anos. Num futuro próximo que quase toca em mim, eu vejo de acordo com minhas tremulações internas. Quanto mais aumenta o frio na barriga, mas nítida torna-se as imagens que imagino. Não há restrições, há apenas os desejos e, as imagens se idealizando na minha mente.

Um lugar rústico, sem muitos detalhes, simples - não normal, diferente e ainda assim simples, doce. A latitude, ainda em branco. Sem pressa para que seja encontrada e apontada no mapa. É algo que merece um tempo especial, minha mente vazia.

O que mais está definido é o quadro, os posteres, o armário especial; sem portas ou de fato armário, as roupas estão lá, mas ele não é igual, peculiar, nada de exclusivo, mas ainda assim peculiar e especial. As capas, as cores sujas, decifrando livros. O verde musgo, lá... misterioso, esperançoso, um calmante. As grades, detalhes de mim, em cada detalhe do que é meu.

Eu mesma, em imagens muito estreitas e confusas. Um pouco de tudo que não sei. Um pouco de tudo que é complicado, mas delicioso de se imaginar. Minha paixão pelo teatro, minha obstinação, dom, loucura, dor, inqualificável, indescritível amor pelo drama. As esperanças e filosofias, as fotografias, os olhares, os sons e a alma. Uma imaginação sobre tudo que eu não sei. Tudo que eu sou, num futuro que me toca, muito próximo me arrepia.

Um comentário:

  1. Imaginar o futuro é estranho, né. Porque tudo que queremos é seguir em frente, é o adiante, e quando paramos pra refletir que por mais que as coisas andem, elas mudam. haha Muito doido, né.

    Beijos, moça.

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