domingo, 6 de janeiro de 2013

Me ame

Sou nômade, gosto muito de vagar aqui e ali, mas preciso inexplicavelmente de um canto. Adoro meia luz, por isso gosto tanto das manhãs. Do início delas. Por isso, acordo as vezes tão cedo, sem motivo aparente. Gosto de leite de soja, de verdade.
Prefiro mostarda, porque ela tira o enjôo das comidas. Nunca gostei muito de comer, sempre tive problemas com comida. Não aprecio, apenas como.

Eu não sei, as vez escrevo sobre mim, na espera de que, talvez, alguém por quem esperei a vida inteira, até hoje, me leia, me sinta. Não que me entenda, mas que me conheça, me ame, me queira, no mais intímo, e talvez me enxergue mais do que eu mesmo sou capaz quando me escrevo, além do que eu mesmo me percebo.

Eu sei, é como esperar alguém para te salvar, de alguma forma. Devolver-lhe o foco - dar algum, mas a verdade é essa, não importa aonde queremos chegar, o que precisamos para viver, para passar os dias, aquilo que nós buscamos no mais puro dos nossos sentidos e sonhos, é o amor. Alguém para amar, para pensar, para se existirem em um cotidiano bonito. É quando você conhece a saudade boa, saudade recíproca. Os abraços infinitos, que trazem um topor do paraiso junto com os beijos doces. As conversas interessantes, infinitas sem qualquer segunda (má)intensão, se não a da presença, da necessidade de tê-lo. Um alguém que vem para te salvar e você só consegue querer salva-lo também.

O amor está em algum lugar guardado. Em mim, em você... em algum lugar guardado para nós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário