quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Assim diziam os poetas

A TV mais previsível do que nunca: as falas, os programas. E eu aqui no sofá, a sensação de dormência, como se tudo ao redor fosse básico, sem mera importância. Nada nem ninguém fala ou faz algo que tenha graça, algo que faça sentir outra coisa. É assim que ficamos depois de um balde de agua fria, não é!? O que a realidade é capaz de fazer! Quando o chão falta as paredes ao redor pouco importam. Quando falta você mesmo, os outros mal parecem existir.

Eu me pego em longos silêncios - maiores que os abtuais: observando a luz, o sol; prestando plena atenção em canções sobre continuar; não desistir; fazer o impossível, pois a vida não é fácil não irmão. São nesses silentes momentos que sentimos falta de como nos sentíamos "mal" antes, pois a maneira de sentir agora é desoladora. Nesses momentos é que fica nítido que sentir saudade pode ser doloroso, brigar com um amigo pode ser triste, perder um amor desolador... mas perder a esperança... á perder a esperança, é brutal.

"Se levante" dizem os poetas cantores; encontre um novo sentido, supere! Mas isso parece a mais perfeita forma de enganação. Encontrar desculpas pro fracasso, dizer para si mesmo que não é tão importante assim, quando na verdade é. Mentir para si mesmo, pra que? É preciso viver esse maldito "luto", continuar com ele, dando essa merecida importância. Era o que mais queria num longo prazo de existência. Por isso só se deixa pra lá quando ir de verdade, não por novos supostos desejos.

Um dia vai passar ou não. Um dia você vai olhar pra traz e dizer que foi melhor assim, ou então, se arrepender pra sempre por não ter se esforçado mais. Mas essa fase de se refazer, "querer outras coisas" para curar-se dos anseios, eu já passei. Coexisto ao que eu preciso, porque o que eu preciso mais é ser o que eu sou, e eu sou o que eu sinto. E é isso que sinto, falta de chão, desinteresse... e que as outras opções são ainda o que eram antes. Nem melhores, nem piores.

Adendo: Existe coisa mais down que retrospectiva?! Como se todos nós já não estivéssemos, exaustivamente cansados do passado. De sermos apegados.

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