terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Diário do futuro II - Absorver-se

Como serão as paredes, as ruas, os cafés matinais. Sobre que luzes eu vou estar desfocada? Será que vou conhecer pessoas incríveis, alternativas; prontas pra abraçar o mundo, como eu? Prontos para fazer dessa época uma estigma de si mesmos. Mergulhar profundamente em novas coisas, absorver tudo e todos, com ânsia de sentir a vida e, metafóricamente, seguir como em uma poesia do Caio, Cece ou das letras do Criolo.

Não há um só dia, em que pelo menos algumas horas eu não imagine esse novo começo. Mesmo assim, pouco pensei como isso se formaria em relação a mim, sendo que teria que ser um pouco mais do que sou. Mas, pouco à pouco este quesito já se altera. Sim! Eu estou em uma espécie de metamorfose, só espero que todo o resto entre nisso também. Venha o novo e o velho mude.

Minhas escolhas por muitas vezes podem parecer inexplicáveis - quando questionadas. Porém, é mais um receio, pois elas são tão puramente ideológicas, sentimentais, de tal jeito que todas as minhas frases se terminariam em; eu sinto que é isso, sinto que, porque sinto...

E hoje em dia as pessoas não estão acostumadas à isso. É difícil para elas ver seriedade em sentimentos. Como se eles sempre as levassem para um abismo sem futuro. Talvez leve, mas não quando se trata de construir algo. Sabe, sentimento à longo prazo, formar-se, absorver-se, criar, amar profundamente o que está conhecendo. Como negar uma própria natureza... Eu seria hipócrita se não desse ouvidos a isso, isso que sinto.

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